Já é madrugada -
ameaçou chover.
Já é madrugada -
meus bichos domésticos
fugiram do quarto dos fundos.
Nem formigas
nem muriçocas.
As lagartixas somente ao dia.
Se bem que sumiram -
desde que caiu a primeira chuva.
Não me importo.
Logo despenca da calha
outra ainda mais estressada.
A questão é como devolver aos seus deuses
tanta sensibilidade emprestada.
As lagartixas são assim mesmo -
ora somem, ora despencam do céu.
O poeta espera.
Para ser sincero -
o poeta anseia
outra garrafa de vinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário