Não confie tanto no meu sofrimento.
Não se faça elegante pisando na minha sombra.
Sempre vejo diante dos meus olhos uma luz acesa.
E não importa quantos escorpiões sorrateiros dentro dos caixotes.
A chuva leva os maus bichanos.
Morrem todos afogados
bebendo pela cauda do próprio veneno.
Meu sangue é mesclado da saliva sagrada
da minha primeira namorada muriçoca.
Também sei infernizar os ouvidos do vizinho
com as sílabas ruidosas que se soltam do violino.
Minha faca de cortar pão sem que ninguém saiba
faz estrago nas cordas feitas da pele de cordeiro.
Uma a uma se rompe.
E o vizinho antes que enlouqueça
maltrata seus cães famintos.
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