segunda-feira, 18 de maio de 2009

Deixa estar, jacaré, que a lagoa há de secar - Por: Pedro Esmeraldo

Gosto de apreciar a filosofia dos sábios. Desta vez vou narrar a fábula de Fedro, fabulista latino, nasceu na Macedônia ( 014 AC; 054 DC), ( escreveu 123 fábulas), inspirado em Esopo. Para maior compreensão do leitor conto a fábula a respeito de pequenos animais (rãs) sendo devorados por um animal gigante (jacaré) : Deixa estar jacaré, a lagoa há de secar. Em uma lagoa que habitavam, umas rãs eram consumidas por um jacaré e corria o risco de extermínio da espécie.
Um dia as rãs, preocupadas com a voracidade do jacaré, pediram aos deuses que as livrassem do monstro, visto que as rãs permaneciam assustadas e não tinham condições de sobrevivência. Os deuses, querendo acalmar as rãs responderam: deixa estar jacaré , a lagoa há de secar. Imediatamente, mandou uma grande seca, deixando a lagoa secar totalmente, causando a morte do jacaré por inanição. As rãs por serem anfíbios e pequenos animais se localizaram nas brechas das rachaduras da lagoa.
Convém notar que a posição desta fábula, pode-se confrontar com o comportamento de alguns políticos locais, já que se tornam prejudicados, deixando a cidade cair numa queda irrelevante e a população permaneceu acéfala sem tentar partir para a luta em defesa da cidade. Não tem coragem de enfrentar as dificuldades e deixam levar tudo desta cidade de roldão.
Sempre venho batendo na mesma tecla para ver, se pelo menos, há alguma reação de mudança de comportamento, lutando em defesa da terrinha que há muito tempo vem sendo dilapidada pela astucia dos poderosos jacarés. mas qual nada, alguns políticos locais tornam-se omissos, pois, todos são insensíveis, não reagem as diabruras desses homens maldosos que teem por vocação esvaziar o Crato. Não acordam, dormem em berço esplêndido. Isto é de estarrecer. Se esses políticos do Crato tivessem a coragem de reclamar o desrespeito que há com o Crato a situação desta cidade seria bem diferente. Não perderia jamais a hegemonia política. Era uma cidade dinâmica, progressista e dominadora.
Observe-se que o jacaré que devora o Crato é um animal que tem reservas alimentícias, já que permanece no estado de hibernação causado pela franqueza desses homens que não teem coragem de gritar na hora precisa. Enquanto isso, o Jacaré vai consumindo tudo desta cidade não deixando evoluir-se para ver se o Crato ganhe alguns órgãos que venham justificar o crescimento e o equilíbrio que possa acompanhar e marchar para frente, elevando-se espiritualmente no caminho do desenvolvimento firme e equilibrado.
Observe-se que o Crato, apesar de sofrer todas essas disparidades, desde o Século xx, com toda certeza, marcharia firme em direção ao futuro promissor.
Enquanto as rãs cratenses permanecem desesperadas, gritando inutilmente com vozes dissonantes de alguns de seus filhos, às vezes com pouco atendimento por parte das autoridades da esfera federal e estadual, a cidade estaria numa boa posição de equilíbrio financeiro e educativo.
O Crato vem sempre arrebatado por esse imenso crocodilo. Alguns políticos se calam e deixam tudo correr livre, alegando que a cidade não tem representação na política federal. Isto é verdade! Mas para que entregar facilmente o ouro aos bandidos? São os políticos esquecidos e negligentes, pois na hora de avaliar os candidatos cratenses, trazem bondes de fora para prejudicar o desenvolvimento da cidade. Depois ficam lamentando, queixando-se desse povo que não viaja e não adquire consistência educativa e permanece numa sociedade atoleimada sem saber se dirigir com comportamentos da época moderna com trabalho sincero honesto e amor à terra.
Considero o homem progressista quando quer adquirir meios eficazes e eficientes. Para mim quando o cidadão diz: Eu quero; é semelhante a uma águia, vai buscar a presa onde tiver; quando diz eu espero é como a árvore, aguarda a condição favorável do tempo.
Tenho confiança que o cidadão cratense está apenas no estado e hibernação, dorme, mas com certeza quando acordar mostrará a outra face positiva do Crato.

07/05/2009

Pedro Esmeraldo

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