É bom sentir os rins doloridos
após um suspiro torto.
O dedo mindinho tem uma unha morta -
e outra novinha em folha já nascendo.
Desejo por toda a minha alma
que as orelhas cresçam
e me abanem a nuca.
Meus cabelos brancos dentro do nariz são azuis.
A luz do poste da esquina é sagrada -
sob ela conspiram insetos ecumênicos.
Cada um com sua infância -
e o assombrado corredor escuro
onde a cadeira de balanço
range
ou suspira.
Ninguém sentado.
Nem o fantasma do avô.
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