terça-feira, 5 de maio de 2009

O MUTANTE E O ESTAGNANTE: UMA NOVA HUMANIDADE PARA UM NOVO MILÊNIO

No momento estou terminando de ler um livro de grande valor com ensinamentos profundos. O livro tem o seguinte título: “OS MUTANTES – Uma Nova Humanidade para um novo milênio” (Ed. VERUS). O autor é o mestre e psicólogo Pierre Weil. Nesse livro ele discute as etapas evolutivas da consciência humana. Ele divide a evolução humana em três grandes fases. Num extremo temos o ser Estagnante, e no outro encontramos o ser Iluminado. E no meio entre esses dois extremos encontramos o ser Mutante. O ser mutante seria a ponte para um novo paradigma existencial onde desaparecia de vez por toda a ilusão de separatividade (ser-mundo, sujeito-objeto etc) e suas consequencias nefastas no mundo objetivo humano. A meta do Mutante é alcançar conscientemente o estado de consciência Transpessoal (em seu nível mais elevado é o Amor Divino). Essa meta é a realização plena onde o ser se encontrará consigo mesma numa viagem interior saindo de um pólo estagnante e terminando na sua descoberta transpessoal-espiritual. Essa transformação interior é tão profunda que transcende o tempo e espaço vivenciado pelo homem comum (estagnante) preso ainda as suas percepções racionais-instintivas da realidade psicológica tridimensional. No mundo inteiro, vários indivíduos experimentaram essa mudança de estado de consciência indescritível. No seu livro Pierre Weil cita vários casos de indivíduos que sentiram e iniciaram uma nova jornada a partir dessa mudança profunda e radical. E ela é tão radical que devolve ao ser a visão holística onde se pode perceber diretamente a unidade e a totalidade da vida e do saber em seus vários planos de realizações e valores. Assim comenta Pierre Weil em seu livro:
“Os valores que movem os mutantes são bem diferentes daqueles dos estagnantes. Embora integrem os valores do intelecto e da razão na busca da verdade como os estagnantes, os valores dos mutantes estão bastante ligados ao amor do coração, à compaixão, à ternura, ao carinho, à criatividade da inspiração, à poesia, à beleza, à alegria, à fome de saber, à intuição, ao conhecimento da verdade, à pureza de alma, à elevação espiritual, ao sagrado e ao divino” (p.113).
Assim, a humanidade atual segue um caminho de realização onde os estagnantes são mais predominantes do que os mutantes. Por isso, o mundo vivencia tanta violência, exploração, dor e insensibilidade. O que vemos na verdade é uma catarse global onde o ser manifesta a sua condição humana de confusão e caos interior. Nesse sentido, a mudança interior (profunda e radical) é condição primeira para uma transformação profunda de verdade da realidade social, política, ecológica, ética e espiritual. E nesse processo global atual em que vivenciamos continuaremos hipnotizados buscando cada vez mais do lado de fora racional – no exterior do mundo social, político e econômico – o princípio de tudo que já existe dentro de cada um: a condição transpessoal do humano e da humanidade.
Nesse contexto, a mudança do ser implicará numa mudança de perspectiva e sentido de vida: uma mudança tão profunda e radical que poucos conseguirão aceitar e trabalhar para o sucesso dessa transformação íntima-interior. Por isso, a educação de valores e a cultura de ensinamentos holísticos-espirituais deverão ser a tônica desse novo milênio. Pois, a vida tem um sentido transpessoal e eterno. Somos seres mutantes na jornada de si mesmo para si mesmo: autotransformação universal, espiritual, cósmica e quântica (energia sutil saltando e mudando de níveis e realidades paralelas).

Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com

2 comentários:

  1. Sr. Bernardo, estas reflexões brigam com os meus vícios, desejo que um dia elas vençam.

    Desejo-lhe saúde...e ânimo.

    Um abraço.

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  2. É um conflito existencial....que sua parte POSITIVA suplante a parte negativa dos vícios....e ai descobrirás quem a senhora é de verdade.
    Confesso que não é nada fácil...podemos adiar ....mas no final da jornada teremos que nos ver frente a frente com esse dilema humano.
    Um abraço,
    Bernardo

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