O papagaio desbotado
com pilhas enferrujadas
reina soberano preso à grade
da área de serviço.
O dorso fustigado
ontem pela chuva
agora pelo sol.
Entre uma samambaia
e tentáculos de trepadeira
seu silêncio de plástico
é adornado.
Cabisbaixo entrega a alma
ao desdém dos que habitam
a última morada.
O bico curvo
quase encosta no chão.
Papagaio, não se desanime -
Há eternidade em outro paraíso
para os suvenires sem memória.
com pilhas enferrujadas
reina soberano preso à grade
da área de serviço.
O dorso fustigado
ontem pela chuva
agora pelo sol.
Entre uma samambaia
e tentáculos de trepadeira
seu silêncio de plástico
é adornado.
Cabisbaixo entrega a alma
ao desdém dos que habitam
a última morada.
O bico curvo
quase encosta no chão.
Papagaio, não se desanime -
Há eternidade em outro paraíso
para os suvenires sem memória.
Imagética impagável.
ResponderExcluirSe existe uma pergunta sem pertinência nenhuma é: pra que serve a poesia?
abraço irmão