Avesso esse coração Só poesia em vão Já não tem o que dar Filhos a pedir Circo e pão Um país a construir Em casa começa Conversa Uma massagem nos pés Evolui o ser Na carne inquieta(?!) Minha idéia era continuar A sós com os meus papéis
Quando se tem um país a construir, é impossível ao poeta ficar a sós com seus papéis. Sobretudo, o poeta a serviço da poesia, e não o contrário. Estar a serviço da poesia é não fazer da poesia um espelho. Não torná-la uma muleta para as próprias dores, exceto quando essas dores são produtos de uma consciência maior, que engloba as dores dos outros. Ser poeta é ser dotado de um certo sentido de compaixão. O mundo é maior do que nossas artrites espirituais. A poesia não pode ser um instrumento de transformação do real, mas pode e deve dununciar um mundo onde há "Filhos a pedir" e uma exuberante oferta de "Circo e pão".
Este seu poema não é "Só poesia em vão". É uma espécie de poesia contrária ao enlevo.É por isso que é poesia da boa.
Quando se tem um país a construir, é impossível ao poeta ficar a sós com seus papéis. Sobretudo, o poeta a serviço da poesia, e não o contrário. Estar a serviço da poesia é não fazer da poesia um espelho. Não torná-la uma muleta para as próprias dores, exceto quando essas dores são produtos de uma consciência maior, que engloba as dores dos outros. Ser poeta é ser dotado de um certo sentido de compaixão. O mundo é maior do que nossas artrites espirituais. A poesia não pode ser um instrumento de transformação do real, mas pode e deve dununciar um mundo onde há "Filhos a pedir" e uma exuberante oferta de "Circo e pão".
ResponderExcluirEste seu poema não é "Só poesia em vão". É uma espécie de poesia contrária ao enlevo.É por isso que é poesia da boa.
Obrigada, CHAGAS.
ResponderExcluirRealmente o ofício não se encerra em nós, nem é por nós.
Um bjo pão.