quarta-feira, 24 de junho de 2009

DEUS É AMOR




"O amor (Prema) tem sido descrito como além da fala e da mente, e como indescritível (Anirvachaneeyam). Esse amor não pode ser obtido através de erudição, riqueza ou poderes físicos. Deus, que é a encarnação do amor, pode ser alcançado somente através do amor, assim como o sol fulgurante pode ser visto somente através de sua própria luz. Não há nada mais precioso nesse mundo que o amor Divino. Deus está além de todos os atributos. Portanto, Seu amor também está além dos atributos (Gunas). Como o amor humano é governado pelos atributos, resulta em apego ou aversão. O amor não deveria estar baseado em expectativas de recompensa ou retorno. O amor baseado em tais expectativas torna-se um contrato de negócio. O amor não é um objeto de comércio; não é como dar um empréstimo e recebê-lo de volta. Ele é uma oferta espontânea. O amor puro pode emanar somente de um coração puro".
SATHYA SAI BABA

Muitos místicos, espiritualistas e religiosos já afirmaram essa realidade espiritual: Deus é Amor! Eu também afirmo com convicção. Mas, o importante não é afirmar apenas, mas vivenciar essa realidade. Nesse ponto, é que a maioria se sente sem orientação. Qual o caminho ou método que devemos seguir para se confirmar essa grande verdade libertadora ou salvadora? O Amor Divino é a manifestação do divino no homem e no mundo. E somente um coração puro, livre de deficiências morais e carências instintivas alcança esse estado transcendente. E poucos são aqueles que conseguem se libertar dos condicionamentos culturais e sociais para seguir o caminho de purificação e bem-aventurança divina. O que não conseguimos perceber é que esse caminho de autosuperação requer disciplina para a transformação dos estados de consciência humana em consciência divina. O homem racional, em sono profundo, não percebeu que a realidade é constituída de dois fluxos de energia-consciência: humanização divina e divinização humana. O primeiro fluxo diz respeito do processo de tomada de consciência da vida objetiva e social (é o estado predominante na maioria dos indivíduos). O segundo fluxo diz respeito, por sua vez, ao estado supra-racional e supra-social nas pessoas dotadas de uma disciplina interior. A figura dos chakras (ver acima) pode nos informar como esses fluxos acontecem. A energia-consciência quando desce através do sistema energético sutil (conhecido pelos orientais como kundalini) fornece a matéria-prima para a constituição da percepção objetiva (consciência humana). E quando a energia-consciência sobe fornece condições para a constituição da consciência divina no homem. Os dois fluxos são diferentes, mas complementares entre si. A questão principal é como inverter e converter o fluxo de descida para fazer com que a energia suba e transforme de vez a natureza humana. Os orientais chamam de SADHANA a disciplina que opera tal mudança. Precisamos de uma ciência que nos ensine a ver que todos os nossos pensamentos e sentimentos são em verdade energia-consciência, ou seja, são energias que se transformam em estados de consciência quando percorrem velozmente os canais sutis existentes em nosso sistema energético físico-metafísico. Por isso, a importância do desenvolvimento da sensibilidade humana num mundo predominantemente racional. A sensibilidade é a base da visão sutil e holística da natureza humana. A prática da ioga tem a capacidade de desenvolver a sensibilidade humana. E é através da sensibilidade que conseguimos perceber os diferentes espectros e naturezas da energia tanto no contexto físico-objetivo quanto no sutil-metafísico. E não é por acaso que a Física Quântica encontra-se no limiar de dois mundos: físico (concreto) e metafísico (sutil). O AMOR DIVINO é o chakra (ver chakras na figura acima - O Amor é o de número 4 cor vermelha) que se encontra no centro do peito (próximo ao coração). O despertar desse chakra indica um alto grau de exercício espiritual e também uma transcendência e conversão de energia.

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