terça-feira, 9 de junho de 2009

Parece paranóia: essa turma não consegue esquecer FHC

Na foto, Carlos Minc participando da Marcha pela liberação da maconha


(Fonte: O POVO)
Maconha
Minc diz que vai esclarecer participação na marcha

O ministro do Meio Ambiente afirmou que sua posição, de crítica à atual política antidrogas do país, é a mesma do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que irá nesta terça-feira (9) “com alegria e satisfação” à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para esclarecer sua participação na marcha da maconha, realizada no início de maio no Rio de Janeiro. Minc afirmou que sua posição, de crítica à atual política antidrogas do país, é a mesma do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e de oito ministros do atual governo. “Irei com alegria e satisfação esclarecer minha posição sobre esse problema, que aliás é muito parecida com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador Sérgio Cabral e de oito ministros, que acham que a questão de droga deve ser tratada como uma questão de informação, prevenção e saúde pública”, afirmou hoje (8).
Para o autor do requerimento da convocação, deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), o ministro fez apologia das drogas ao participar do evento. Minc disse que em nenhum momento propôs o descumprimento de nenhuma lei em vigor no país, mas defendeu o que chamou de “aperfeiçoamento” das regras. “Queremos discutir não o descumprimento da lei existente, isso sim seria uma desobediência, queremos discutir o aperfeiçoamento dessas leis”.
Bem-humorado, Minc disse que não se sente intimidado pela convocação e inclusive agradeceu aos parlamentares pelo chamado, que segundo ele, será mais uma oportunidade para debater o assunto de forma pública e sem preconceito. “Seria uma truculência muito grande vedar que uma pessoa expresse a sua posição sobre um assunto tão importante que causa tormenta nas famílias de usuários e uma corrupção violenta. Eu discuto o assunto e, enquanto puder, vou continuar discutindo. A Câmara é mais um espaço, mais uma oportunidade do país debater em profundidade, não com dogma, não com preconceito, não tentando intimidar”, afirmou.
A audiência na Câmara está marcada para as 14h30.

12 comentários:

  1. Os petistas costumam criar vários bodes expiatórios quando necessitam justificar a “mea culpa”.
    Carlos Minc – deputado estadual pelo PT-RJ e atual ministro do Meio Ambiente – não foge à regra.
    Como sua participação na Marcha da Maconha obteve péssima repercussão, ao invés de defender suas idéia sobre a liberação da droga, o espalhafatoso ministro prefere relembrar o ex-presidente FHC.
    O “Cara”, o PT e os petistas amam FHC. Já se passaram 7 Anos , e eles não esquecem FHC.
    Por que não se limitam apenas a culpar a mídia que fotografou e divulgou o ministro na defesa do baseado?
    É bem mais fácil culpar a mídia. Afinal, como dizia Trotsky:
    “Os jornais são armas; eis porque é necessário proibir a circulação de jornais burgueses”.

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  2. Armando: não caia nesta pois é uma furada. A matéria que você publica e a fala do ministro não tem bode, pois o ex-presidente FHC, membro de uma comissão internacional de alto nível, junto de outros líderes mundiais afirmou exatamente o mesmo argumento desta matéria. E o que o ex-presidente disse em nome da tal comissão é correto do meu ponto de vista e forma uma importante corrente da opinião mundial sobre o assunto. Agora este cara do PMDB, deve ter um motivo oculto para fazer tal convocação. Quem sabe seja dar oportunidade para que este ponto de vista venha à tona?!??? Um momento, eu sei que há uma confusão com estas marchas e com apologia. Quem imagina apologia tem uma enorme dificuldade de entender tais marchas. A questão não é a apologia, a questão é reconsiderar o problema ou a questão, ou o não problema (quando se trata de preconceito) sobre um outro enfoque que não o meramente repressivo. Por isso alguns brasileiros têm dificuldades de entender a marcha dos movimentos gay, as marchas contra a violência, as marchas por direitos humanos e assim por diante.

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  3. A questão sobre a legalização ou liberação do uso de drogas é por demais polêmica. Existem, com a mesma força de ênfase e propriedade, argumentos pró e contra. No mínimo, o debate sem preconceito será de grande valia. Agora, sobre o caso relatado, que envolve o ministro Minc em uma manifestação pela legalização (ou liberação) da maconha,acho que é despropositada e inoportuna a sua convocação para esclarecimento perante a Comissão de Segurança Pública da Cãmara dos Deputados.

    Em geral, participar de atos públicos reinvidicativos, quaisquer que sejam sua natureza, não pode ser considerado uma contravenção, desde que não haja apologia ao crime e, sim, apenas o exercício da liberdade de expressão e cidadania.

    Não sei, entretanto, como se deu essa marcha, se houve excessos, como o consumo público de droga, numa forma de afrontar a lei vigente e as autoridades constituídas. Se houve, então, não seria recomendável um ministro de Estado estar presente.

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  4. Se partirmos dessa premissa, muitos e muitos políticos, empresários, profissionais liberais, radicais, ortodoxos, liberais, servidores públicos, estudantes, bancários, artistas e outros tantos, estrariam na mesma abrangência da apologia, se em pleno carnaval pernambucano viesse a participá-lo. Pois o que não falta são blocos carnavalescos trazendo o tema, e todos que estão ali, acham lindo, é alegria alegria, posam para fotos e tudo mais.
    O que está em questão, é a política falida e tendenciosa para enriquer narcotraficantes, inclusive com ramificações já declaradas em vários setores da sociedade e máquinas governamentais.
    Isso não é culpa partidária. A culpa é da inteligência mediana de alguns conservadores, defensores do bem social de fachada, de religiosos capitalistas e pedófilos, com raríssimas exeções.
    É isso: educação curricular anti drogas nas escolas já. Discriminação agora!!!
    Vamos proíbir, vamos: cigarrinho do sucesso, cigarrinho de artista, cachacinha, bohemiazinha, pozinho, colinha, e a desgraça maior, crak. Ou então discrima, faz política socio educativa. Ou então CARA...sem chance, fica como está. Tudo, de faz de conta.

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  5. Pronto:
    nosso amigo Calazans Callou achou outro bode expiatório. Além de FHC temos agora: "religiosos capitalistas e pedófilos, com raríssimas exeções".
    Tremei Fazendas da Esperança, que a Igreja Católica vem multiplicando Brasil afora, uma das quais será instalada no Cariri - por iniciativa de Dom Fernando Panico - mais precisamente no município de Mauriti...

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  6. Nada disso, tudo é uma questão de incongruência ou talvez, inconsiderados, amigo!
    A basfêmia é vossa!

    Abraço.

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  7. É, meu amigo Armando,parece que você tem razão. A turma de plantão(e aqui eu pego carona na desconfiança ideológica do exercício do poder no Brasil, defendida pelo aclamado prof. Carlos Rafael), teima em injuriar o FHC.
    Aliás, os versos abaixo de um samba do Chico, que, dizem, encerram um desabafo de um "afffair" entre ele e o hoje "maldito", bem que poderia ser declamado à contrapelo.
    Como minha internet ainda é discada, não dá pra lhe enviar a música. Mas, você, e a quem interessar possa, pode ouví-la no disco "As cidades'", de cujo encarte eu, sob mil perdões, copiei toda a arte para o meu CD "De onde Olho - para Chico Buarque de Holanda", gravado em 2000.
    Veja a letra:

    INJURIADO
    Composição: Chico Buarque

    Se eu só lhe fizesse o bem
    Talvez fosse um vício a mais
    Você me teria desprezo por fim
    Porém não fui tão imprudente
    E agora não há francamente
    Motivo pra você me injuriar assim

    Dinheiro não lhe emprestei
    Favores nunca lhe fiz
    Não alimentei o seu gênio ruim
    Você nada está me devendo
    Por isso, meu bem, não entendo
    Porque anda agora falando de mim

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  8. As viúvas de FHC são inconsoláveis, carpideiras eternas . Vejo-as todo santo dia ( agora cada vez mais disfarçadas, não sei porque) remoendo suas incelenças pelos cantos da boca e dos jornais. Não conseguem perceber que o defunto já apodreceu e nem sua memória ficou. Quando vejo alguém discutir os problemas das drogas com tanta superficialidade como alguns o fazem percebo claramente que por trás de um grande moralista sempre se esconde ( e Freud explica) alguém que tem a grande vontade de viver algumas emoções que vão além de suas limitadas sensações peqeuno burguesas e não têm a coragem de fazê-lo. O problema de qualquer grande moralista pode ser resolvido numa boca de fumo.

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  9. Quem já fumou maconha que não atire a primeira pedra de crack

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  10. Zé Flávio tem razão. Como existem vúvas de FHC entre os fanáticos pelo "Cara".
    É como eu escrevi: "O “Cara”, o PT e os petistas amam FHC. Já se passaram 7 Anos , e eles não esquecem FHC".
    Em síntese é como diz a Bíblia: "A boca fala do que o coração está cheio".

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  11. Onde foi escrito "vúvas" leia-se VIÚVAS.

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  12. Caro amigo Zé Flavio
    Você tem razões nas suas argumentações sobre o FHC. Você bem o disse: "não conseguem perceber que o defunto já apodreceu"...Mas, pergunto, meu amigo, por que o cadaver continua insepulto ?
    Em tempo, gostava mais da profa. Ruth, uma grande antropóloga.

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