Você, a exemplo do Maurício Tavares, Armando e Carlos Rafael; Claude Bloc, José Flávio, Emerson, José do Vale, Luiz Carlos Salatiel, Luiz José (Jornal Gazeta), Carlos Eduardo Esmeraldo, Bernardo, entre tantos outros expoentes, é um dois maiores ícones da nossa Literatura que ora me presenteia e enriquece com seus argumentos originais e atilados, o que, cada vez mais, tem denotado a grandeza do artista que você é.
Peço sua permissão para apresentar, no embalo da sua briosa circunspeção (que veio munida de exame precioso, demorado e visto por todos os lados), um melhor esclarecimento a todos os leitores sobre a filosofia do texto “O Crítico”, postado por mim recentemente neste blog.
Acrescento, inicialmente, que ele se divide em três partes, a saber:
- Na primeira, há uma espécie de repulsa aos que usam do instrumento da crítica apenas para crescer, perversamente em cima do lapso alheio. E que, num paralelismo doentio, nada acrescentam, nada constroem vivendo tão somente da crítica pela crítica, às vezes até reinventando a idéia do autor para, nesse artifício, mostrar que são eles, e somente eles, os donos absolutos da verdade e do bom senso.
- Na segunda (já no meio do texto), o autor reconhece, líquido e certo, que o posicionamento crítico e o próprio crítico são, além de vitais e bem-vindos, os nossos anjos da guarda, as nossas bússolas, os nossos pontos de consulta e referência sem os quais é humanamente impossível sabermos para aonde estamos indo ou o que estamos fazendo.
São mais: imprescindíveis ao norteamento das concepções, e, acima de tudo, defensores do próprio leitor que espera dos conceptores qualidade, inteligência, altivez e que não os subestime com posicionamentos pobres e inconsequentes. Sem eles - os Críticos – acrescento: a própria criação não se reconhece pois teme ser viciosa no seu ego superestimado e cego. Em suma, sem ele, nada merece tanto crédito... Desde que, sua participação seja munida de argumentos arguciosos, inteligentes, sugestivos e respeitosos, dignos de um real participador.
- Por último, a terceira!
Nesse desfecho, no qual ele sugere ao crítico manter-se fiel à sua arte inteligente, há, claramente, um enaltecimento não só a este mas também com resvalos à cultura como um todo para que, no final de tudo, o apreciador (neste caso o leitor) não seja, de forma poluída, vítima de idéias outras senão daquelas recheadas de sublimidades artísticas.
Portando, se for dada outra interpretação ao que foi sugestivamente escrito, necessariamente não foi essa a minha idéia, isto também pelo fato de eu mesmo costumar fazer a minha autocrítica.
Tanto o criador como o crítico, deverão sentir e experimentar, nas suas versões, doces e amargas, os sabores e as vertentes do que sejam as artes de criar e receber crítica e a sublimidade de criticar e receber a crítica da crítica.
Agora, lanço um apelo a todos que fazem à arte caririense: não vos dispersem por vaidades fúteis e vãns... Sem vocês e o brilhantismo de suas idéias, que será da nossa cultura? Para onde iremos? Com quem conversaremos? A quem amaremos? Para onde irão nossos devaneios? Somos o que somos e o que queremos ser? Sobreviveremos...?
A relatividade de um olhar para uma obra de arte nos diz que nada é absolutamente tão feio e nem tão exageradamente lindo. Tudo gira em torno da ótica subjetiva das nossas íris e mentes sanas, portanto dignas de respeitos.
Peço sua permissão para apresentar, no embalo da sua briosa circunspeção (que veio munida de exame precioso, demorado e visto por todos os lados), um melhor esclarecimento a todos os leitores sobre a filosofia do texto “O Crítico”, postado por mim recentemente neste blog.
Acrescento, inicialmente, que ele se divide em três partes, a saber:
- Na primeira, há uma espécie de repulsa aos que usam do instrumento da crítica apenas para crescer, perversamente em cima do lapso alheio. E que, num paralelismo doentio, nada acrescentam, nada constroem vivendo tão somente da crítica pela crítica, às vezes até reinventando a idéia do autor para, nesse artifício, mostrar que são eles, e somente eles, os donos absolutos da verdade e do bom senso.
- Na segunda (já no meio do texto), o autor reconhece, líquido e certo, que o posicionamento crítico e o próprio crítico são, além de vitais e bem-vindos, os nossos anjos da guarda, as nossas bússolas, os nossos pontos de consulta e referência sem os quais é humanamente impossível sabermos para aonde estamos indo ou o que estamos fazendo.
São mais: imprescindíveis ao norteamento das concepções, e, acima de tudo, defensores do próprio leitor que espera dos conceptores qualidade, inteligência, altivez e que não os subestime com posicionamentos pobres e inconsequentes. Sem eles - os Críticos – acrescento: a própria criação não se reconhece pois teme ser viciosa no seu ego superestimado e cego. Em suma, sem ele, nada merece tanto crédito... Desde que, sua participação seja munida de argumentos arguciosos, inteligentes, sugestivos e respeitosos, dignos de um real participador.
- Por último, a terceira!
Nesse desfecho, no qual ele sugere ao crítico manter-se fiel à sua arte inteligente, há, claramente, um enaltecimento não só a este mas também com resvalos à cultura como um todo para que, no final de tudo, o apreciador (neste caso o leitor) não seja, de forma poluída, vítima de idéias outras senão daquelas recheadas de sublimidades artísticas.
Portando, se for dada outra interpretação ao que foi sugestivamente escrito, necessariamente não foi essa a minha idéia, isto também pelo fato de eu mesmo costumar fazer a minha autocrítica.
Tanto o criador como o crítico, deverão sentir e experimentar, nas suas versões, doces e amargas, os sabores e as vertentes do que sejam as artes de criar e receber crítica e a sublimidade de criticar e receber a crítica da crítica.
Agora, lanço um apelo a todos que fazem à arte caririense: não vos dispersem por vaidades fúteis e vãns... Sem vocês e o brilhantismo de suas idéias, que será da nossa cultura? Para onde iremos? Com quem conversaremos? A quem amaremos? Para onde irão nossos devaneios? Somos o que somos e o que queremos ser? Sobreviveremos...?
A relatividade de um olhar para uma obra de arte nos diz que nada é absolutamente tão feio e nem tão exageradamente lindo. Tudo gira em torno da ótica subjetiva das nossas íris e mentes sanas, portanto dignas de respeitos.
Roberto Jamacaru
(a pedido do autor)
Prezado Amigo Roberto,
ResponderExcluirFiquei muito surpreso quando abri agora o CaririCult e leio esse carinhoso texto, tão esclarecedor, esmiuçando um breve comentário que fiz sobre o papel dos críticos.
Sei que não mereço a sua dedicatória, digo de antemão, pois nunca ousei colocar-me dentre os literatas da nossa geração. Embora eu escreva algumas coisinhas de vez em quando, geralmente as guardo para mim, pois tenho receio de mostrá-los diante de tanta gente boa que nós temos aqui no Cariri nessa área, a exemplo desses que você citou, VOCÊ MESMO, Claude Bloc, Socorro Moreira, Carlos Rafael, José do Vale, Marcos Leonel, Domingos Barroso, e muitos outros que nem participam do nosso meio internético, mas que fazem trabalhos igualmente bons.
Resumo-me a questões musicais, que é a minha área mesmo, e eu bem que gostaria de saber escrever melhor, mas falta-me talento, dedicação, tempo ( vivo sem o mínimo tempo para sentar e escrever decentemente, tudo é feito às pressas ).
Dito isto, voltamos aos críticos. O seu texto esmiuçou muito bem em 3 partes o conteúdo do que realmente penso ser de uma importância fundamental para a Arte: O papel do crítico, mas já saltando ao final, e resumindo, é importante que o crítico se atenha ao leque de conhecimentos da arte a que ele se propõe a criticar. E eu creio até Roberto, se o crítico se quiser fazer mais sabedor ainda, que trate de aprender a arte que ele critica, não a ponto de ser um mestre, mas pelo menos os rudimentos, pois por exemplo, de fora, todos os violões parecem iguais. Somente alguém que toca, é capaz de saber a diferença. Um crítico comum jamais poderá avaliar a qualidade de um violão sem ser aquele que o executa ( por isso, de passagem, nunca confie em vendedores de instrumentos que não toquem - Eles te aconselham e enaltecem coisas de que não têm o menor conhecimento ).
Mas em geral, o crítico é fundamental, é um balizador do trabalho dos que produzem, e nós enquanto artistas, devemos levar a crítica com toda a seriedade. Saber pesar a crítica por um artista, é tarefa gigantesca e não são todos os artistas que tem essa capacidade. Primeiro, que para o artista, toda crítica inicialmente tende a ser uma afronta ao que ele pensa e faz com todo carinho. Então, o artista precisa se despir até da sua arte se quiser entender a visão do crítico, e tentar ver se o crítico tem razão. E só assim, revestido de humildade, o artista poderá crescer um pouco.
Nisso tudo, vê-se que entra muito a filosofia de Santo Agostinho, de que é melhor a crítica que constrói do que o elogio que corrompe. Mas sei que se o artista está absolutamente seguro e experiente do que faz, ele saberá diferenciar igualmanete os elogios, tomando-os por críticas, e as críticas por elogios.
Ao final, eu gostaria de ressaltar que nós temos aqui no cariri gente capaz de reconstruir o mundo das artes. Todo esse celeiro de artistas ( e não estou sendo bairrista, com certeza ), deveriam se organizar melhor, a fim de mostrar a nossa arte ao mundo. Tenho procurado através de meus parcos meios, como os Blogs, a Rádio Chapada do Araripe, e em breve o nosso Jornal Chapada do Araripe, levar esse conteúdo para longe. O cariri é um mundo, com comêço, meio e fim.
Olhando para todos nós e empregando um pouquinho da "crítica", precisamos apenas nos dedicar mais ao conjunto das coisas. A deixar de raciocinar sozinhos. A tentar juntar a arte das pessoas. A promover mostras, encontros, e sobretudo levar a arte do Cariri para o mundo. Sem brigas, invejas ou algo do genero. os artistas precisam se unir para ter força.
Tenho absoluta certeza de que este é o grande passo que falta ainda para que as nossas grandes expressões atingam o outro lado da galáxia.
Um grande abraço,
Muito obrigado pelas considerações.
Dihelson Mendonça