Doze para as doze
Nem aqui e nem ali
nem em qualquer parte
dessa velha cidade
o bando que vem daquela
aldeia tão distante
se mostra por inteiro
são rascunhos que derivam
o esquecimento através
de gestos memoráveis
alguns choram diante
das máquinas de refrigerante
outros anarquizam o sono
das barbearias solertes
alguns sacralizam
o riso frouxo nas farmácias
outros secularizam a arte
de ver nas entrelinhas
das filas nos bancos
o bando que vem daquela
aldeia tão distante
mete medo em todos
pois eles sempre revelam
viadutos camuflados
debaixo deles as virgens
da cidade aparecem esfregando
as vergonhas saradinhas
nas corcundas dos abandonados
marcos
ResponderExcluirdesculpe estar invadindo o espaço para comentários sobre seu poema.
respondi ao seu comentário que falava da carteirada de títulos mas estranhamente o post e os comentários sumiram. em resumo: concordo com você, só falei do meu doutorado em comunicação e semiótica porque nas entrelinhas tinha recebido um "quem é você diante dos meus longos anos de pesquisa blablablá. não uso o título de prof. doutor e acho que só os boçais e inseguros o usam em lugares inapropiados. abraço.
Em tempo:
ResponderExcluirQuanto ao espaço das minhas postagens você pode invadir a qualquer momento e com o comentário que você quizer, o respeito continuará o mesmo.
Realmente é muito estranho esse sumiço,
mas o meu comentário não é tão pessoal assim, é tanto que não fiz citação de ninguém, faço referência a uma situação bastante incômoda no blog, que é a citação ocasional de currículos em determinadas postagens; é a publicação de teses de doutorado que não interessam a ninguém e acaba virando aquela pecha de prepotência e seleção de "classe", entre outros, - eu me segurei muito tempo para não comentar nada, vi naquela troca de postagens o momento ideal para demonstrar minha opinião sobre isso.
Quanto ao fato da sua resposta na ocasião eu compreendi perfeitamente o seu posicionamento e concordo com ele, embora muita gente ache que isso aqui seja troca de confetes.
Agora, uma explicação para o sumiço da postagem bem que seria decente, não?
abraços