para Marta F.
nem tudo o que me oferecem me fere
por que eu deveria inibir o meu sorriso?
por que deveria esconder meu rosto
se por trás da cortina os olhos
que me buscam confundem-se
em suas sombras?
uma mão ergue-se: faltam dedos
nem tudo é perfeição
o pé que se apressa no rumo do meu nome
logo tropeça nem tudo é perfeição
gestos aliciados pelo prazer da luta
esfumam-se em sua fome de vingança
homens estúpidos de fato
estupefatos com os próprios dejetos
deglutem seu ódio
cavoucam o dia em que serão enredados
sem que nenhuma fenda se lhes abra
e possam se libertar do que supõem ser a beleza
por que eu deveria inibir o meu sorriso?
por que deveria esconder meu rosto?
a fúria de um touro não é suficiente
para perturbar a paz dos peixes no meu aquário
Uma resposta educada e poética
ResponderExcluirUma mensagem cifrada e ao mesmo tempo aberta
Umas palavras bem ditas sobre as malditas calacras que destroem as telas
Uma canção de ninar em meio a tantos impropérios
Prefiro um antiácido para tanta indigestão
E nem provei desse sarapatel já vencido
Clap Clap Clap...
ResponderExcluirMuito bem!
Parabéns pela resposta poética e digna dos grandes altares. Gostei bastante da "coda", da re-exposição temática em uma nova reinvestidura, antes do ocaso terno, porém altivo e indiferente.
"Porque devo esconder meu rosto?"
Bravo!
Um perfume doce, amadeirado e nobre invadiu o meu quarto, ao contraste dos veludos vermelhos, à sombra de mãos delgadas e abertas.
Dihelson Mendonça
Marta
ResponderExcluirA provocação lhe faz bem. Disque M para matar ou morrer. Só os emes são felizes!
O poema é dedicado a Marta F como quem dá um escudo de presente. Do tipo, faço suas as minhas palavras.
ResponderExcluirDihelson Mendonça, se clap-clap-clap é a onomatopéia para o som da língua do cão, precisamos determinar de que lado ele está. Vamos imaginar que ele esteja do lado de cá. Então, de certa forma eu servi de cão de guarda para Marta F. Bom, pelo menos não tentei mordê-la.
Quanto às minhas palavras serem dignas dos grandes altares... O problema é que os grandes altares lembram os palcos, algo mais voltado para aqueles que são ou têm o sonho de ser ídolos. A minha crença não permite a idolatria.
Chagas
ResponderExcluirli apressado e pensei que Marta tinha escrito o poema (não gosto muito sdessa palavra, mas vá lá). Você incorporou bem o papel e reagiu com um bom texto.
Não, Chagas!
ResponderExcluirAté parece que você nunca leu Histórias em Quadrinhos!
Clap Clap são PALMAS !!!!!!!!!
Palmas para esse excelente texto. E eu também, lendo na pressa, pensei que fosse uma resposta da Marta F.
ou de um, ou de outro, está como eu disse, à altura dos grandes altares da Poesia.
Parabéns!
Dihelson Mendonça
Entenda-se então a palavra ALTAR, como meio de exaltação e não de Adoração, já que sua crença não permite, e eu também nunca fui afeito a adorações e idolatrias.
ResponderExcluirAbraço.
Dihelson Mendonça
Chagas, querido, o que dizer, obrigada, obrigada é pouco...
ResponderExcluirGosto de todos, um bem que me faz ficar à vontade, digo o que penso,omito se dói, não quero marketing pessoal, não faço propaganda de mim, me surpreendo com vocês, amo esse lugar esquisito, louco, sei lá o que falar, emoções, nem sabemos quem somos e tudo é tão breve...Bom humor, bom humor pra nós todos.
Beijão, Shagaz.
Pois é, caro Dihelson, equívocos acontecem.
ResponderExcluirE como disse a Marta, bom humor, bom humor. Acho que andamos mal humorados. Não devemos levar tudo a sério demais.
Um abraço.
Marta F., um beijo no seu coração.
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