O mundo é já deixando de ser. O movimento geral do universo não se resume à ordem física. É por isso que não se pode diferenciar qualquer outro tipo de ordem que não seja o movimento. A ideologia política é um modo organizado de criar a promessa da política, mas se torna uma gaveta inútil se não observa o movimento.
Algumas cegueiras da ideologia nos tempos atuais. As principais o “desejo de enquadrar a liberdade do movimento” e a “cortina de fumaça doutrinária para esconder o dito movimento”. A seguir algumas fantasias doutrinárias desse século XXI:
a) O fim da história, das ideologias e das guerras. Não passou de um desejo face à suposta vitória do capitalismo com o fim do seu rival socialismo. A história como a grande narrativa movida pela política não cessou e ainda nos anos do franco neoliberalismo e das apologias à globalização vimos os fóruns sociais; a emergência dos movimentos antiglobalizações fustigando os encontros do G7; a questão da natureza e os movimentos operários em favor da renda e do emprego (aquelas cenas na Coréia do Sul são típicas). As ideologias estão em luta. Os conservadores americanos se rebelam contra o presidente dos EUA em razão da tentativa de universalizar a atenção de saúde. No centro do universo a luta dos “mercadistas” e dos defensores de políticas públicas com base em direitos universais. As guerras superaram as estatísticas anteriores em larga escala neste século XXI, inclusive com participação dos países centrais (José Luis Fiori em artigo para o Valor Econômico diz: "os Estados Unidos se envolveram em 48 intervenções militares, muito mais do que em toda a Guerra Fria, período em que ocorreram 16 intervenções militares")
b) A atual crise do capitalismo será uma crise curta e breve como ocorreu no início dos anos noventa e começo desta década. Noriel Roubini conclui: esta seria uma recessão em forma de ‘U’ - longa e profunda. Ela teria duração de cerca de 24 meses, e o mundo não se dissociaria da contração dos EUA..... Esta é a pior recessão em 60 anos, tanto nos EUA como no mundo. Se a recessão nos EUA acabar no final do ano - como é mais provável -, terá sido três vezes mais longa e cerca de cinco vezes mais alta - em termos de diminuição acumulada da produção - que as duas anteriores.
c) O neoliberalismo continua tendo uma forte representação política no país e disputa as contradições com seus adversários. A idéia, por exemplo, que o Bolsa Família seja um programa meramente eleitoral chega até a ser generosa, pois outros pensam que ninguém deve ter proteção do Estado e nem a sociedade deve se preocupar com o destino de quem quer que seja. É sempre bom se imaginar que os Programas Compensatórios têm uma crítica pela Esquerda e não pelo que muitos pensam, é justamente pela instituição de direitos universais a serem providos pelo conjunto da sociedade.
d) Por último um sinal dos tempos: no Jornal Nacional de hoje a prisão de um grande nome da medicina paulista por estupro de clientes em sua clínica. Uma delas pagou até 200 mil para ganhar a “chave da fertilidade” (trocadilho com a “chave do céu). E pelo que vimos para uma fornicação involuntária inclusiva. Qual o sinal dos tempos: uma cliente dizendo que tinha procurado o melhor do mercado. Durma-se com uma fantasia desta: o discurso liberal aplicado às escolhas da classe média paulista.
Algumas cegueiras da ideologia nos tempos atuais. As principais o “desejo de enquadrar a liberdade do movimento” e a “cortina de fumaça doutrinária para esconder o dito movimento”. A seguir algumas fantasias doutrinárias desse século XXI:
a) O fim da história, das ideologias e das guerras. Não passou de um desejo face à suposta vitória do capitalismo com o fim do seu rival socialismo. A história como a grande narrativa movida pela política não cessou e ainda nos anos do franco neoliberalismo e das apologias à globalização vimos os fóruns sociais; a emergência dos movimentos antiglobalizações fustigando os encontros do G7; a questão da natureza e os movimentos operários em favor da renda e do emprego (aquelas cenas na Coréia do Sul são típicas). As ideologias estão em luta. Os conservadores americanos se rebelam contra o presidente dos EUA em razão da tentativa de universalizar a atenção de saúde. No centro do universo a luta dos “mercadistas” e dos defensores de políticas públicas com base em direitos universais. As guerras superaram as estatísticas anteriores em larga escala neste século XXI, inclusive com participação dos países centrais (José Luis Fiori em artigo para o Valor Econômico diz: "os Estados Unidos se envolveram em 48 intervenções militares, muito mais do que em toda a Guerra Fria, período em que ocorreram 16 intervenções militares")
b) A atual crise do capitalismo será uma crise curta e breve como ocorreu no início dos anos noventa e começo desta década. Noriel Roubini conclui: esta seria uma recessão em forma de ‘U’ - longa e profunda. Ela teria duração de cerca de 24 meses, e o mundo não se dissociaria da contração dos EUA..... Esta é a pior recessão em 60 anos, tanto nos EUA como no mundo. Se a recessão nos EUA acabar no final do ano - como é mais provável -, terá sido três vezes mais longa e cerca de cinco vezes mais alta - em termos de diminuição acumulada da produção - que as duas anteriores.
c) O neoliberalismo continua tendo uma forte representação política no país e disputa as contradições com seus adversários. A idéia, por exemplo, que o Bolsa Família seja um programa meramente eleitoral chega até a ser generosa, pois outros pensam que ninguém deve ter proteção do Estado e nem a sociedade deve se preocupar com o destino de quem quer que seja. É sempre bom se imaginar que os Programas Compensatórios têm uma crítica pela Esquerda e não pelo que muitos pensam, é justamente pela instituição de direitos universais a serem providos pelo conjunto da sociedade.
d) Por último um sinal dos tempos: no Jornal Nacional de hoje a prisão de um grande nome da medicina paulista por estupro de clientes em sua clínica. Uma delas pagou até 200 mil para ganhar a “chave da fertilidade” (trocadilho com a “chave do céu). E pelo que vimos para uma fornicação involuntária inclusiva. Qual o sinal dos tempos: uma cliente dizendo que tinha procurado o melhor do mercado. Durma-se com uma fantasia desta: o discurso liberal aplicado às escolhas da classe média paulista.
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