No Bom Dia Brasil desta segunda feira: Alexandre Garcia comentando uma matéria sobre atropelamento de pedestres. A matéria mostrava que as maiores vítimas são crianças e idosos. Atropeladas ao caminhar sobre faixas de pedestres ou em situação de risco. O exemplo de um idoso passando na faixa com o sinal quase abrindo e veio uma moto e o atropelou. Motos saindo de repente de trás de outro veículo atrás do qual se escondia e transitando entre um veículo e outro.
Então o comentarista diz mais ou menos assim: uma vez estava no Japão e vi uma guarda de trânsito passando descompostura num pedestre que passava fora da faixa. Ela disse que ele era uma vergonha para os filhos, para o Japão, para o Imperador. Afinal ele saiu arrasado. A punição é o meio seguro para reverter tais situações.
Isso é bem típico do mandonismo brasileiro. A punição. Antes de tudo e quase apenas a punição. Alexandre Garcia tem cacoetes sólidos de autoritarismo: era uma espécie de porta voz dos militares no poder. Tanto que chegou a ser oficialmente isso no governo João Figueiredo, mas teve que ser exonerado por razões bem próximas do patriarcalismo nacional. O que o Marcos Leonel demonstrou esta semana sobre o cinismo nacional: a face da família e face da orgia.
Acontece que o comentário dele se encontra no éter. A matéria demonstrava que um tipo de população especialmente era vítima. Idosos e crianças. Então não estamos falando de meramente um japonês levando “esporro”. Estamos falando numa tragédia de políticas viárias brasileira. Não existem sinais adequados, as calçadas são arapucas para idosos, crianças, gestantes, pessoas com deficiência física. Quantas vezes não vejo aqui no Rio mães empurrando carrinhos de bebês no meio fino de ruas movimentadas por falta de opção de trânsito sobre a calçada.
O problema do atropelamento passa efetivamente para que as cidades reformulem tudo que sabem sobre esta tragédia. Construir calçadas adequadas, regular efetivamente os veículos, motos não existem para conquistar as brechas do trânsito. Motos e bicicletas devem seguir as mesmas regras do trânsito dos demais veículos: transitar atrás, apenas ultrapassar quando a pista à esquerda der condições, não pode transitar na brecha entre os veículos. Afinal motos não existem para que “espertinhos” conquistem a velocidade que não existe nos engarrafamentos e na lentidão dos veículos nas vias nos picos de trânsito.
Efetivamente a televisão brasileira precisa reciclar-se em relação aos grandes temas da civilização. Ela pode ter opiniões tortas. Com isso deixa de ser um veículo sob concessão pública quando apenas diz bobagem ou manifesta os preconceitos de classe de alguns “comentaristas” ou “especialistas”.
Então o comentarista diz mais ou menos assim: uma vez estava no Japão e vi uma guarda de trânsito passando descompostura num pedestre que passava fora da faixa. Ela disse que ele era uma vergonha para os filhos, para o Japão, para o Imperador. Afinal ele saiu arrasado. A punição é o meio seguro para reverter tais situações.
Isso é bem típico do mandonismo brasileiro. A punição. Antes de tudo e quase apenas a punição. Alexandre Garcia tem cacoetes sólidos de autoritarismo: era uma espécie de porta voz dos militares no poder. Tanto que chegou a ser oficialmente isso no governo João Figueiredo, mas teve que ser exonerado por razões bem próximas do patriarcalismo nacional. O que o Marcos Leonel demonstrou esta semana sobre o cinismo nacional: a face da família e face da orgia.
Acontece que o comentário dele se encontra no éter. A matéria demonstrava que um tipo de população especialmente era vítima. Idosos e crianças. Então não estamos falando de meramente um japonês levando “esporro”. Estamos falando numa tragédia de políticas viárias brasileira. Não existem sinais adequados, as calçadas são arapucas para idosos, crianças, gestantes, pessoas com deficiência física. Quantas vezes não vejo aqui no Rio mães empurrando carrinhos de bebês no meio fino de ruas movimentadas por falta de opção de trânsito sobre a calçada.
O problema do atropelamento passa efetivamente para que as cidades reformulem tudo que sabem sobre esta tragédia. Construir calçadas adequadas, regular efetivamente os veículos, motos não existem para conquistar as brechas do trânsito. Motos e bicicletas devem seguir as mesmas regras do trânsito dos demais veículos: transitar atrás, apenas ultrapassar quando a pista à esquerda der condições, não pode transitar na brecha entre os veículos. Afinal motos não existem para que “espertinhos” conquistem a velocidade que não existe nos engarrafamentos e na lentidão dos veículos nas vias nos picos de trânsito.
Efetivamente a televisão brasileira precisa reciclar-se em relação aos grandes temas da civilização. Ela pode ter opiniões tortas. Com isso deixa de ser um veículo sob concessão pública quando apenas diz bobagem ou manifesta os preconceitos de classe de alguns “comentaristas” ou “especialistas”.
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