sábado, 26 de setembro de 2009

A coerência da Globo.

Que as Organizações Globo são coerentes com sua história, com suas origens, ninguém pode negar. Sob controle da família Marinho, sempre tomou partido nos momentos decisivos da história do Brasil e também do mundo. Segundo Luiz Carlos Azenha:

"O bicho pode mudar de pele, mas não perde vícios de origem. É importante relembrar qual é o DNA das Organizações Globo para entender as posições que ela assume de forma escancarada, através de seus porta-vozes, no caso de Honduras.Defender a elite hondurenha que está por trás do golpe de estado naquele país é o equivalente a defender o regime dos afrikâners na África do Sul. Basta substituir os "negros" sul africanos pelos indígenas hondurenhos, cuja mão-de-obra barata é oferecida de graça como forma de atrair "maquiladoras" estrangeiras, que se dão bem explorando trabalho semi-escravo.Que a elite brasileira, do Leblon à barra da Tijuca, se junte aos afrikâners centro-americanos diz muito mais sobre nós do que sobre a crise em Honduras. Mas, se a gente relembrar a História, entende:

Editorial de "O Globo", em 02/04/1964

"Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.
Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.
Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.
Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.
Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo."

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