quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Entre vinhos e versos perversos.

Noite de vinho e de versos
De goles de trevas, de vagas se solidão
Sobre mim.

Tempo de liras e ébrios
Que furtam os prazeres entre dores,
Que furtam cores entre noites
De cinzas

Goles de vinhos, olhos, pérolas ao fitar
Pernas entre valsas, laços entre mãos
Carnes entre dentes a gemer
Carnes em espasmos a gozar

Vinho que me embala entre sonhos fortuitos
Vinho que intuito é me embriagar
Vinho que valsa entre delírios
E eu entre lírios, sentindo as vagas
Do mar ao me acordar

Foto: Rodrigo Mizumoto

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