domingo, 6 de setembro de 2009

Megaprotesto contra Chavez reúne 15 pessoas...

"São Paulo fez sua parte na onda de protestos contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez, realizados nesta sexta-feira (4), em cidades latino-americanas, estadunidenses e europeias. Na terra da garoa e do Movimento Cansei, a manifestação antichavista reuniu 15 aguerridas pessoas na Avenida Paulista."

Por André Cintra

"É bem verdade que, no mesmo horário, o 15º Grito dos Excluídos reunia, em Porto Alegre, um público cem vezes maior. Mobilizaram-se na capital gaúcha cerca de 1.500 manifestantes, em defesa da valorização da vida, do direito à luta e contra a corrupção generalizada do governo Yeda Crusius (PSDB-RS). Mas não é o caso de fazer comparação.
Quem teve a sorte de ler O Estado de S. Paulo neste sábado (5) já sabe que o ato anti-Chávez atingiu o ápice possível — não tinha condições de ser maior. Afinal, chovia em São Paulo no momento da manifestação. Não era exatamente uma tormenta ou um dilúvio, mas, sim, uma intolerável chuvinha fina — o suficiente para inviabilizar um evento mais massivo.
Como não choveu, por exemplo, em Madri e Barcelona, cada uma dessas metrópoles teve um público ainda maior — cerca de cem pessoas. Os maiores protestos ficaram com a Colômbia, onde o correspondente da BBC Mundo, Hernando Salazar, registrou: os manifestantes “eram, em sua maioria, pessoas da classe média e alta do país”. Como é bom ter uma elite progressista!

Dois presidentes latino-americanos acima de qualquer suspeita reagiram à altura e apoiaram as manifestações. Foi o caso do colombiano Álvaro Uribe (símbolo maior de lealdade e disciplina durante a era Bush) e do hondurenho Roberto Michelleti (grande adepto da legalidade institucional). No Brasil, nem o presidente Lula foi às falas nem o a natureza colaborou.
Que pena que os céus castigaram São Paulo num dia histórico, em que os meios geopolíticos estremeceram e ruas de todo o planeta se encheram de esperança. O texto da repórter Renata Miranda, do Estadão, detalha tudo: “Em São Paulo, a chuva fina que caiu durante a tarde na Avenida Paulista espantou os manifestantes que protestavam contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Por volta das 13h30, quando a reportagem do Estado passou pelo local do protesto, apenas 15 manifestantes estavam reunidos no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp)”.

A repórter também ressalva que “a maioria dos presentes era composta de mulheres estrangeiras”. Leia-se que os brasileiros, lamentavelmente insensíveis aos apelos de jovens playboys colombianos e venezuelanos, não atenderam à convocação “feita por redes sociais, como o Facebook e o Twitter”.
É possível que uma convocatória convencional tivesse agregado mais pessoas à multidão da Avenida Paulista. No primeiro capítulo de suas Memórias Póstumas, Brás Cubas lembra que apenas 11 pessoas — “Onze amigos!” — o enterraram. E se justifica: “Verdade é que não houve cartas nem anúncios”. Ou talvez a forma de convocação seja mesmo irrelevante. “Acresce que chovia — peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante”, registra o “defunto autor” criado por Machado de Assis.
Ah, a chuva de novo. Um “bom e fiel amigo”, a quem Brás Cubas deixara 20 apólices, não pensou duas vezes: “Vós, que o conhecestes, meus senhores vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado."
Sobre o megaprotesto de 15 combativos democratas contra Chávez, só faltou aoEstadão dizer que os céus de São Paulo choraram em solidariedade aos manifestantes. Nada como uma matéria jornalística realmente precisa e confiável, sem ironias."

Do Portal Vermelho.

8 comentários:

  1. E a classe media foi responsavel por trazer os milicos ao poder no Brasil e pela morte e exilio de mil e tantos brasileiros. E ainda que Delfin Neto e quadrilha de ladroes nos enfiaram uma divida externa incrivel, me parece que o senhor tem preferencia por ladroes.
    Na minha opiniao a medida de um governo que e um sucesso e como este governo ajuda ao povo a se sentir parte do pais. Para fazer isto e preciso ter uma base economica forte. Chaves tem mais oro de reserva do que Canada (aonde eu vivo, pais que me deu refugio depois do golpe em 1964). Venezuela esta no 4 posto dos paises com oro. (Veja Market oracle no seu google)
    Chaves financia musica em todo pais, escolas e eu nao vejo nada errado com ele comparando com ROBAMA o presidente dos EUA.
    Os exemplos de Uribe (um criminal de guerra, corrupto e ladrao e o golpista Hondurenho). Nao teve nenhum outro apoio contra Chaves... uhmm
    Continue com a sua propagandazinha barata. Voce nao se importa que o Brasil se f&d%. Por que voce quer isso pra Venezuela?

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  2. Se estivesse em S.Paulo, seria o deécimo sexto manifestante contra Chavez.

    É de grão em grão que a galinha enche o papo para depois regurgitar.

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  3. Os cansados são poucos. 15 contra Chaves.

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  4. O grande protesto contra Sarney, também, reuniu em Recife menos de 100 pessoas. Uma vergonha! Por que será que a direitona não tem nenhum poder de articulação? Não dava para comprar alguns manifestantes, não?

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  5. Zé, não sabia que você era pró-Sarney.

    Agora eu sei, sei, sei

    Agora eu sei

    Uhh uhh...

    (velho sucesso dos Fevers)

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  6. A direita prefere o "Cansei", aí ela leva a Ana Maria Braga, o louro José, a Ivete Sangalo, a Adriane Galisteu,junta com tudo isso os DEMos, os tucanos, a paulistada da elite branca e vai para praça e grita: "CANSEI!"

    Depois repara que o povo não tá nem aí para ela. Aí ela reclama do povo, "esse vagabundo que vive do bolsa família"...

    E nada de movimento de massa. É mais fácil usar o PIG - Partido da Imprensa Golpista.

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  7. Ingênuo ou oportunista aquele que diz que a direita deveria comprar manifestantes para combater o mais nefando ícone da própria direita?

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  8. Aos ingênuos, uma informação: a direitona hoje é o PT.

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