quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Levanta-te, Lázaro

Feri a gengiva.
Escova assassina.

Culpa da mente
descontrolada

já sonhando
sexta-feira.

2 comentários:

  1. SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ:



    Muito se fala atualmente sobre a necessidade de se encontrar os restos mortais dos guerrilheiros do Araguaia, contudo vale lembrar que no CEARÁ, houve também um crime idêntico ao do “Araguaia”, porém em maiores proporções, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará no ano de 1937, contra os camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, quando através de bombardeio aéreo, e depois, no solo, com tiros de fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram mulheres grávidas, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas.



    Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará foi de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO / CRIME CONTRA A HUMANIDADE é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira bem como pelos Acordos e Convenções internacionais, e foi por isso que a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que sejam obrigados a informar a localização exata da COVA COLETIVA onde esconderam os corpos dos camponeses católicos assassinados na ação militar de 1937.



    Vale frisar que a Universidade Federal do Ceará enviou pessoal no início de 2009 para auxiliar nas buscas dos restos dos corpos dos guerrilheiros mortos no ARAGUAIA, esquecendo-se de procurar na CHAPADA DO ARRARIPE, interior do Ceará, uma COVA COM 1000 camponeses.



    Seria discriminação por serem “meros nordestinos católicos”?



    Ao final pedimos o apoio de V.Sa. nessa luta, no sentido de divulgar o crime praticado contra os habitantes do SÍTIO CALDEIRÃO, bem como, o direito das vítimas de serem encontradas e enterradas com dignidade, para que não fiquem para sempre esquecidas em alguma cova coletiva na CHAPADA DO ARARIPE, porque, afinal, nordestino também merece respeito!





    KAREN MELO

    Diretora de Comunicação
    da SOS - DIREITOS HUMANOS
    www.sosdireitoshumanos.org.br

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  2. Sò para esclarecer que no Araguaia morreram também nordestinos.

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