A loucura abriu a porta
em noite quente de lua
(não olhei pra cima)
talvez ainda cheia
ou bem fininha.
A loucura veste-se
com pele de embuá colorida.
Ai do poeta
que não olhou pra cima
não sabe se a lua engordou
ou faz regime.
Minha barba rala.
Meus dedos barulhentos.
Meus olhos que vivem caindo
sobre as sandálias japonesas.
Digam adeus poeta
que já me encheste o saco
e eu digo:
castrem-me.
Eis o poeta assassino
ResponderExcluirtemido serial killer
andando entre as sombras dos becos
em noite de lua cheia
Ele é implacável, frio, calculista
com seu lápis em forma de punhal
acerta com a precisão de um relógio suíço
os elegantes tédios com seus impecáveis smookings
Ainda bem
ResponderExcluirque tenho como parceiro
um irmão e um camarada
que ouve blues e canta rock
e batuca jazz no improviso.
Um forte abraço,
poeta.