Não, não foste embora nas horas mortas
Do fim de tarde
Não foste, não feriste teus passos
Nessa longa e triste estrada
Deixando-me as cinzas do tempo,
Deixando-me no ar tuas lembranças,
Teus olhares, tua presença nos livros
Nos discos, nas réstias de sol,
Nos restos de mim.
Pois não creio no que some de repente,
Não creio no que escorre entre meus dedos
No que some de minhas retinas,
No que escapa fulgás pelo ar...
Sumiste cortando o ar deste sertão
Sumiste cortando meu peito,
Colorindo o chão com o rubro do meu sangue
A chorar...
Foto: Hugo
Fonte: http://br.olhares.com/solidao_foto944574.html
Eis um dos mais graúdos grãos da tua safra, poeta!
ResponderExcluirBoa colheita, pois!
Nota mil!
ResponderExcluirObrigado Carlos Rafael. Sinto falta de suas postagens por aqui. Um abraço Chagas. Agradeço pelo carinho de sempre tê-lo como leitor.
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