vários homens reunidos se abraçam
tocam-se os rostos, mãos que se apertam,
algum tempo depois estão descendo
uma pequena trilha, conduzindo
o corpo de um amigo, de silêncio
coberto, uma vida que a morte
de cabelo no ombro, como tatuagem,
com sorriso de vinho tinto, corta
com delicada lâmina e expertise
que tarde é essa?
ninguém ergue os olhos e vê as poucas
nuvens indiferentes, as mulheres
seguem, olhos no chão com esses homens
constrangidos com a falta do amigo
que em minutos será sua solidão
grande a solidão de cada morto!
logo subirão todos pela trilha,
ligarão os motores, perfurado
um círculo se forma entre eles
sem sorriso, a tristeza da tarde
num cemitério frio no verão,
um bastidor da dor em cada homem,
cada mulher cansada de pré-estreias
do amor que nunca vem na cor do sol
É uma poesia densa, e na minha modesta opinião, bela
ResponderExcluirValeu, Carlos!
ResponderExcluirEscreva mais em versos, rapaz.