Como é triste a vida do Lunático
sua espada de plástico
seu escudo uma casca de tangerina.
Como é triste a vida
da muriçoca sem violino
da borboleta sem a mão de Picasso.
Tristes as noites do travesseiro
encostado na parede
insone,
com a fronha limpa
e perfumada.
A lâmpada acesa
nenhum besouro em volta
ritual macabro
da singela ausência
de si mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário