NE - Repostado por Dihelson Mendonça no CaririCult
Fonte: Veja Online
Lula vai retirar apoio a Plano de Direitos Humanos
13 de janeiro de 2010
O presidente Luiz Inácio Lula espera resolver nesta quarta-feira a crise envolvendo as Forças Armadas, o Ministério da Defesa e a Secretaria de Direitos Humanos. Para isso, Lula pretende "enquadrar" os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) em uma reunião pela manhã. O objetivo é que ambos cheguem a um acordo a respeito do decreto do 3° Plano Nacional de Direitos Humanos. O presidente ainda estuda outra medida para sanar a crise: retirar seu apoio formal ao programa.
A estratégia consiste em fazer uma pequena alteração no texto, que poria fim ao aval do governo ao documento. No trecho reeditado, a expressão “aprova" será substituída por "torna público o programa". Segundo reportagem desta quarta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, assessores diretos de Lula acreditam que, com isso, o governo apenas daria publicidade ao plano, deixando de encampar suas partes consideradas radicais ou polêmicas.
De acordo com o jornal O Globo, a estratégia de Lula não é consenso no governo, nem mesmo entre petistas. O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza já disse que o recuo seria um desgaste para o governo. A mudança faria com que o governo deixasse de se comprometer e, portanto, as propostas precisariam passar por uma conferência.
Lula também estuda retirar do texto os pontos polêmicos criticados pelos militares, pela Igreja Católica, pela sociedade civil e até mesmo por membros do governo. O presidente cogita, inclusive, nem enviar ao Congresso propostas como a descriminalização do aborto, já que o apoio ao tema prejudicaria o governo em ano eleitoral. O presidente ainda pretende pôr fim ao impasse com as Forças Armadas, ao desatar o nó da Comissão da Verdade, que prevê a investigação dos crimes de tortura durante a ditadura militar (1964-1985). Para tanto, Lula vai retirar do texto a referência à "repressão política".
Com a intervenção de Lula, as medidas não terão chances de serem aprovadas pelo Congresso ainda neste ano. "Dos temas polêmicos, provavelmente só ficará o item que trata da proibição para que os programas de TV e os meios de comunicação façam propaganda racista ou preconceituosa", afirmou Vaccarezza. A manobra é uma tentativa do governo de "abafar" a polêmica em torno do Plano de Direitos Humanos, o que evitaria um desgaste na campanha da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff à presidência.
Lula vai retirar apoio a Plano de Direitos Humanos
13 de janeiro de 2010
O presidente Luiz Inácio Lula espera resolver nesta quarta-feira a crise envolvendo as Forças Armadas, o Ministério da Defesa e a Secretaria de Direitos Humanos. Para isso, Lula pretende "enquadrar" os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) em uma reunião pela manhã. O objetivo é que ambos cheguem a um acordo a respeito do decreto do 3° Plano Nacional de Direitos Humanos. O presidente ainda estuda outra medida para sanar a crise: retirar seu apoio formal ao programa.
A estratégia consiste em fazer uma pequena alteração no texto, que poria fim ao aval do governo ao documento. No trecho reeditado, a expressão “aprova" será substituída por "torna público o programa". Segundo reportagem desta quarta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, assessores diretos de Lula acreditam que, com isso, o governo apenas daria publicidade ao plano, deixando de encampar suas partes consideradas radicais ou polêmicas.
De acordo com o jornal O Globo, a estratégia de Lula não é consenso no governo, nem mesmo entre petistas. O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza já disse que o recuo seria um desgaste para o governo. A mudança faria com que o governo deixasse de se comprometer e, portanto, as propostas precisariam passar por uma conferência.
Lula também estuda retirar do texto os pontos polêmicos criticados pelos militares, pela Igreja Católica, pela sociedade civil e até mesmo por membros do governo. O presidente cogita, inclusive, nem enviar ao Congresso propostas como a descriminalização do aborto, já que o apoio ao tema prejudicaria o governo em ano eleitoral. O presidente ainda pretende pôr fim ao impasse com as Forças Armadas, ao desatar o nó da Comissão da Verdade, que prevê a investigação dos crimes de tortura durante a ditadura militar (1964-1985). Para tanto, Lula vai retirar do texto a referência à "repressão política".
Com a intervenção de Lula, as medidas não terão chances de serem aprovadas pelo Congresso ainda neste ano. "Dos temas polêmicos, provavelmente só ficará o item que trata da proibição para que os programas de TV e os meios de comunicação façam propaganda racista ou preconceituosa", afirmou Vaccarezza. A manobra é uma tentativa do governo de "abafar" a polêmica em torno do Plano de Direitos Humanos, o que evitaria um desgaste na campanha da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff à presidência.
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