O meu coração foi esmagado
por um moedor de cana.
Agora quem quiser garapa
terá de beber meu sangue.
As vampiras da minha rua
adoram a notícia.
Fazem fila.
Cada uma elegantérrima
com um canequinho de alumínio na mão.
" Seu moço, quanto custa
tua solidão tão doce?"
"Até a borda
sem gelo
é de graça,
madame."
Responde o torpe ambulante.
uau, adorei esse poema, de um lirismo cruel e pungente... quem é o autor?
ResponderExcluirum cheiro.
Eu próprio escrevi,
ResponderExcluiragora quem me assoprou aos ouvidos
um fantasminha insone que vive
a me perseguir
faz tempo...
nina rizzi,
carinhoso abraço.