quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

o mais próximo de um devaneio

Saiba meu amor inconteste
habitante de um mundo utópico
quando vier aos meus lábios seu beijo
guardarei as armas, os papéis, a bebida
serei o mais puro dos homens e o mais correto.

Saiba coisa adorada longínqua
ente virtual de uma lenda desconhecida
quando cair sobre meus cílios sua lágrima
pousarei minhas asas de fogo no guarda-roupa
serei o mais belo dos homens e a mais sincera criatura.

Saiba formosura minha pétala noturna
mulher das mil quimeras e arroubos dilacerantes
quando seu silêncio penetrar por minha alma adentro
darei um jeito nos meus cascos de bode e nos meus olhos tristonhos.

Minha última gota de sangue
ofereci à sua imagem
ontem tarde da noite
oculto entre sombras.

Agora o meu sorriso:
somente na presença do seu corpo
meu nariz debaixo dos seus cabelos
meu espírito tragado por seu perfume.

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