domingo, 4 de abril de 2010

O último a sair apague a luz - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Hoje no Cariricult tem uma excelente postagem do André Setaro, que aqui se expressa a convite do Maurício Tavares. O Maurício tem o dom de fazer as idéias circular neste blog até quando não é nele que se encontra o princípio como no caso das imagens do Cristo. Quem não abriu uma discussão com ele, não espere, pois ela virá.

O Lupin, agora sei que irmão do Maurício, tem outro dom. Olhem que estou usando, a todos vocês cristãos, o substantivo dom: o Lupin é efetivamente um “burilador” das imperfeições humanas. Ele as critica até com um certo senso moral. E agora, após estes longos textos, de um em face do outro, mais do que nunca o papel do Lupin se revelou no Blog.

Não vou dar uma de costurar rupturas, elas existem e sempre existiram. Apenas dizer que igualmente ao Maurício, noutro espectro se encontra o Carlos Rafael e fazendo um certo meio de campo o Bernardo. Pode-se dizer tudo menos que o Carlos não tenha uma profunda afeição pelo irmão Armando, mas o Carlos não abandona uma luta. Ele efetivamente tem a liberdade de falar o que pensa e o que acha que deve dizer. O Maurício e o Carlos, não sei se nesta altura consideram razoável este ladear, dão vida ao Cariricult. O melhor mesmo é mostrar o mundo tal e qual ele se encontra. No estágio em que se encontra, pois se pode querer tudo, menos apagar o Cariri do mapa.

O Armando Rafael faz isso, mostra suas convicções, ataca os adversários de modo até agressivo e, às vezes se mostra muito irritado com a esquerda, até mesmo aplicando-lhe caricaturas como "barbudos e sujos". Se não fosse o Armando muito da cultura da região não surgiria, muito das visões com que as pessoas enxergam não viriam para esta tela.

Outro dia fiz uma postagem perguntando pelo Maurício, Lupeu, Marta e o Leonel. O Salatiel falou de algumas questões de ego, mas considero que não devemos valorizar muito este argumento. Mas nesta altura da discussão existe muito bate boca entre os argumentos. Existe muita grita de esteróides: os homens, como numa praça, a mostrar a musculatura ou o que vala por ela.

Não acho o fim do blog e tampouco do mundo. Nem acredito que alguém deva se ausentar do debate. Pode até seguir o furor hormonal e garantir que palavra de homem não retorna (para fugir do pleonasmo “volta atrás). Mas embora a crença seja o denominador comum de todos os contendores da recente polêmica, vou procurar evoluir além da crença. Estou na melhor expectativa para ver se um blog que trás a palavra cultura é capaz de mostrar esta diversidade e manter ativa esta possibilidade.

Retornando à postagem antiga: Armando, Carlos, Lupin, Lupeu. Estes que declararam que aqui não pretendiam mais postar. Aliás, o Lupin é de fato um sujeito que se desdobra em predicados: não se afastou, está presente e me deixando com boa perspectiva em relação ao blog.

Finalmente ao Carlos Rafael, por considerar o argumento das responsabilidades legais em razão do papel de administrador do blog. Isso é bastante razoável, mas não temos como discutir a cultura sem testar aquilo que chamam limite. Sem testar as “guardas” que pretendem a hegemonia de definir os limites. Especialmente para você que é um artista, que se expôs ao público, sabe o quanto se necessita derrubar a hegemonia da definição dos limites.

No mínimo os limites à liberdade de expressar ou instigar os outros se encontra na dialética das contradições. Aí o Maurício dirá: dialógica. E tudo de novo recomeçará.


3 comentários:

  1. O que eu não entendo é como no meio dessa confusão toda, ainda colocaram o Fidel Castro e o PT no meio. Como é possível?

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  2. darlan,é o tal do maniqueísmo que me acusaram de propagar.achavam(perdidos no tempo),que eu e o maurício, éramos ainda defensores radicais das ditaduras(direita/esquerda).cairam do jegue.falando do fidel castro,achavam que íamos cair de boca na defesa dele.taí porque citaram o fidel.estao procurando o nosso calcanhar de aquiles.pra essas pessoas as coisas são absolutamente simplórias.o PT entrou na história pela mesma razao.

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  3. Pois é. Quem geralmente defende o Fidel Castro aqui, sou eu. Não só o Fidel, mas o regime cubano, o socialismo e a ditadura do proletariado.
    E eu não sou PT, obviamente.

    Mas o PT sempre entra nessas histórias. Injustiça.

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