Ontem andei passeando pelo Blog do Crato e vi uma postagem do Elmano Rodrigues Pinheiro, intitulada “A beleza do Crato, é maior que a idiotice política”. Conheço o Elmano suficiente para saber que, embora o título deixe alguma dúvida, ele não chamou a política de idiotice. É mais provável que tenha alertado para a idiotice quando na política. O problema estaria na idiotice e não na política. Aliás, com uma exuberância de fotos bastante sugestivas sobre o bem comum da cidade, fazia, certamente, contraponto a certas fotos da “idiotice” na política.
Também é interessante o próprio uso do substantivo idiotice que é a qualidade de quem é idiota. Mas certamente o Elmano não falava do substantivo idiota como está dicionarizado, aquele do pouco discernimento. O mais provável é que falasse do oportunismo, do puxa-saquismo, da palhaçada de atos e manifestações. Claro que na política.
Por conta da postagem foi muito interessante o grande número de comentários. O Armando Rafael politizou a discussão de fato e acho que não caiu na bobagem de achar a política idiotice. O Carlos Rafael acusou o problema de transformar política em apenas briga de vizinhos, tipo aquela que se mata até por um problema de lixo na calçada. Já a Alessandra Bandeira, demonstrando o quanto os blogs são ricos para desvendar as diferentes visões, se mostrou cansada com a política.
Mas continuo achando que o Elmano, literalmente pisando em ovos, pois trás uma mensagem de racionalidade, traduzida como paz, na verdade não interdita o debate político. Ao contrário dar ao debate uma dimensão real, tem rostos como aquele painel de gentes, que vai desde o Padre Ágio a Dom Nilton, de Humberto Cabral aos Vaqueiros Encourados.
A política é, na essência, o próprio discurso humano. E o discurso humano já é, de cara, a interação, no mínimo, entre duas pessoas. E quando duas pessoas interagem, começa a política. Quando normalmente se escuta alguém dizendo que não gosta de política que não a compreende, logo imagino que tem dificuldade é com debates públicos. Às vezes familiares e até mesmo entre colegas.
Política não apenas se faz nos entes públicos. As empresas privadas, as Organizações Sociais, os blocos de Carnaval ou as organizações das Quadrilhas de São João fazem política e decidem através da política. A outra coisa é o comportamento social e, portanto, político das pessoas.
A ética é o centro deste comportamento. A ética de qualquer natureza, especialmente aquela que sustenta o direito do outro em divergir e de receber melhores argumentos sobre aquilo de que discorda. Talvez o que o Elmano tenha dito é que a idiotice seja o desconhecimento da ética por parte de alguns discursos políticos ou de alguns “métodos” empobrecidos de argumentos e que visam apenas denegrir o adversário.
O Elmano, acho que de modo consciente e muito inteligente, abordou a pluralidade através das fotos. Uma pluralidade que segue na contramão da exclusão, da interdição, da hegemonia de certos discursos políticos. Enfim, o Elmano trata a rigor dos espaços plurais, onde a política deixe de ser compreendida como apenas o veículo para uma única idéia. Especialmente em se tratando de anos eleitorais.
Aliás, mais do que nunca em anos eleitorais é necessários o bom embate e a exposição das diferenças. Se tem uma coisa que é favorável à humanidade é que ela pode até ser errática em tentativas diferentes, mas esta multiplicidade de visões tem sido um eixo fundamental da sua sobrevivência na natureza deste planeta terra.
Também é interessante o próprio uso do substantivo idiotice que é a qualidade de quem é idiota. Mas certamente o Elmano não falava do substantivo idiota como está dicionarizado, aquele do pouco discernimento. O mais provável é que falasse do oportunismo, do puxa-saquismo, da palhaçada de atos e manifestações. Claro que na política.
Por conta da postagem foi muito interessante o grande número de comentários. O Armando Rafael politizou a discussão de fato e acho que não caiu na bobagem de achar a política idiotice. O Carlos Rafael acusou o problema de transformar política em apenas briga de vizinhos, tipo aquela que se mata até por um problema de lixo na calçada. Já a Alessandra Bandeira, demonstrando o quanto os blogs são ricos para desvendar as diferentes visões, se mostrou cansada com a política.
Mas continuo achando que o Elmano, literalmente pisando em ovos, pois trás uma mensagem de racionalidade, traduzida como paz, na verdade não interdita o debate político. Ao contrário dar ao debate uma dimensão real, tem rostos como aquele painel de gentes, que vai desde o Padre Ágio a Dom Nilton, de Humberto Cabral aos Vaqueiros Encourados.
A política é, na essência, o próprio discurso humano. E o discurso humano já é, de cara, a interação, no mínimo, entre duas pessoas. E quando duas pessoas interagem, começa a política. Quando normalmente se escuta alguém dizendo que não gosta de política que não a compreende, logo imagino que tem dificuldade é com debates públicos. Às vezes familiares e até mesmo entre colegas.
Política não apenas se faz nos entes públicos. As empresas privadas, as Organizações Sociais, os blocos de Carnaval ou as organizações das Quadrilhas de São João fazem política e decidem através da política. A outra coisa é o comportamento social e, portanto, político das pessoas.
A ética é o centro deste comportamento. A ética de qualquer natureza, especialmente aquela que sustenta o direito do outro em divergir e de receber melhores argumentos sobre aquilo de que discorda. Talvez o que o Elmano tenha dito é que a idiotice seja o desconhecimento da ética por parte de alguns discursos políticos ou de alguns “métodos” empobrecidos de argumentos e que visam apenas denegrir o adversário.
O Elmano, acho que de modo consciente e muito inteligente, abordou a pluralidade através das fotos. Uma pluralidade que segue na contramão da exclusão, da interdição, da hegemonia de certos discursos políticos. Enfim, o Elmano trata a rigor dos espaços plurais, onde a política deixe de ser compreendida como apenas o veículo para uma única idéia. Especialmente em se tratando de anos eleitorais.
Aliás, mais do que nunca em anos eleitorais é necessários o bom embate e a exposição das diferenças. Se tem uma coisa que é favorável à humanidade é que ela pode até ser errática em tentativas diferentes, mas esta multiplicidade de visões tem sido um eixo fundamental da sua sobrevivência na natureza deste planeta terra.
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