quinta-feira, 20 de maio de 2010

Hoje na vida dos Vascos: da Gama e do Darlan. - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Vasco da Gama, toda uma vida no dia de hoje. Não o Vasco do Darlan que não se sabe bem qual é o dia. Pois, pois, a 20 de maio do ano da graça de 1498. Aqui éramos outros, mas aqueles de Porto Galo também o eram. Outros. Muito diferente que estes da União Européia.

Fizeram as contas? Entre 20 de maio, hoje e 20 de maio de 1498? Não fiz, estou acordando com uma preguiça baiana das matemáticas. Mas o Vasco do Darlan ainda nem foi além da Taprobana. Enquanto este se acostava, exatamente nesta data, de Kappakadavu e em seguida de Calecute.

Enquanto o Vasco do Darlan se apascenta nos versos dos Lusíadas: "E porque, como vistes, têm passados / Na viagem tão ásperos perigos, /Tantos climas e céus experimentados, /Tanto furor de ventos inimigos, / Que sejam, determino, agasalhados.." O Vasco da Gama recebido na Índia por comerciantes muçulmanos da Tunísia a dizer-lhe: "Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá? O que vens buscar tão longe?". E o navegador respondeu: "Vimos buscar cristãos e especiaria."

A 29 de agosto daquele ano, retorna a Portugal. Enquanto aquele do Darlan se plantou nos mangues de São Cristóvão e até hoje lá se encontra. Este Vasco, não o da Gama, se assemelha mais ao Gaspar da Gama, que era um judeu polaco, se passando por muçulmano com o sultão de Bijapur e se apresentando ao da Gama como cristão. Não era nem um e nem outro, tornou-se apadrinhado do navegador com aquele Gaspar já dito.

O Vasco da Gama, muito diferente daquele do Darlan, outras viagens fez à Índia. Tornou-se Vice-Rei com a rigidez das armas, tornando-a por longo tempo uma fonte do vigor de seu povo. Até bem pouco a Goa de suas aventuras, onde pegou Malária, ainda estava sob o comando Português. Já aquele do Darlan mal termina na vice, mas sempre anda na beira da segunda divisão.

Como me dediquei à luta dos pequenos e oprimidos, defendo até a morte (dele) o Vasco do Darlan.

2 comentários:

  1. Pior, para você, não para mim, que sou torcedor oficial vascaíno. Todo mês pago uma quantia para ajudar o Vasco. rsrs

    Como diz a célebre frase pintada nos muros de São Januário, "Enquanto houver um coração infantil, o Vasco da Gama será imortal". Isso não dá para um torcedor do tabajara entender.

    Um clube que não se rende. Nunca.

    Mesmo quando governado por um tirano...

    Mesmo com a chacota e a infâmia, e afinal, sabemos bem quem tem o maior número de "vices", no estado do Rio de Janeiro e isso nem é mérito, pois é mais antigo no futebol... O tabajara tem mais título e tem mais vices, nada mais do que a obrigação para um clube da elite, da zona sul, do apoio da mídia e do mercado.

    O Vasco é sim do subúrbio, fica dentro da barreira do Vasco, fica sim em São Januário. O único que teve que começar pela segunda divisão, afinal tinha jogadores pobres, negros, mestiços em seu elenco.

    O único "grande" da Zona Norte. Nada mais carioca que a zona norte. Mesmo assim, aceita torcedores do Leblon, aquele das novelinhas do Manoel Carlos.

    Esse Vasco da Gama que tem na sua camisa original, o negro do desconhecido e o branco das navegações do velho almirante que lhe dá o nome. Já tabajara era azul e amarelo, faltou pano, colocaram o que tinha para cobrir, uns panos vermelhos e pretos e ainda homenagearam os invasores holandeses...

    Salve, salve a nau vascaína, antítese da arrogância, esnobismo e da "cidade partida", antítese da UDN, da Globo e dos tabajaras!

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  2. E usando um linguajar coloquial carioca, "Porra, a cor da camisa ser por causa de falta de pano, que sacanagem...hahahahahahahaha."

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