Não há muito por que enlouquecer.
Os dias toscos.
As noites vazias.
Em pleno equilíbrio.
O teto desaba.
As paredes racham.
Não há mesmo por que enlouquecer.
A eternidade passa pela orelha.
O zumbido da mosca.
Toda mosca aprisionada
dentro do copinho de vidro
tem olhos de borboleta.
Fugiu-me a essência do pensamento.
Estava a falar sobre qual fantasma?
Enforco sombras
para escrever versos.
Mesmo que a plenitude
tenha sido alcançada
no marasmo do dia
na libido da noite.
Tenho que abrir a boca
às minhas botas
e xícara.
Alguém tem que fazer
o trabalho sujo.
Destrinchar o invisível.
Sentir os dentes trincarem.
"escrever: existir entre as palavras e nelas se perder.
ResponderExcluirinventar-me sem deixar de ser quem sou". esse pequeno texto é do escritor português MARCELLO DUARTE MATHIAS.Pincei a frase pensando em você e nos seus poemas. tome-a como uma homenagem.
lupin,
ResponderExcluiragradeço-lhe sobretudo
pela dica de leitura:
Marcello Duarte Mathias.
Forte abraço.