Não me canso
de entreter-me
com as formiguinhas
em zigue-zague
aos encontrões.
Por magia (a intuição das formigas
é pura e delicada magia)
desviam-se no momento
em que as antenas de algumas
haveriam de ferir os olhinhos
de outras.
Cada qual no dorso
leva uma partitura
da natureza: folha,
graveto, asa
de besouro.
Há aquelas mais caseiras
e preferem: farelos de pão
cuscuz e bolacha.
Seguem sempre em zigue-zague
aos encontrões sem nunca
se machucarem.
Confessam coisas inaudíveis
aos meus ouvidos e sobem
pelas paredes.
Este é um tempo que ganhamos, quando paramos e observamos qualquer ato da e na natureza. Felizes as crianças que fazem isto com mais frequencia e sabedoria.
ResponderExcluirParabéns pela criança sábia que existe em ti, Domingos.
Um abraço gracioso.
Íris Pereira
Obrigado, Iris.
ResponderExcluirO milagre é a eternidade
da criança em nossa alma.
Busco sempre.
Carinhoso abraço.