domingo, 4 de julho de 2010

O Sax

Pareço um homem decente
de barba feita
e olhar sereno.

Não se engane, espelho:
sou um Bardo errante.

Vinho à noite.
Corpo erguido
na segunda-feira.

Se faço a barba
e olho tranquilo
as paredes do quarto

porque nada plantei de insano
que me traga flagelos e suicídio.

Acaricio meu rosto.
O queixo.

É bom fazer a barba
e deitar-se

olhando o teto branco
cair de sono.

2 comentários:

  1. ...Eu não faço barba, mas penteio os cabelos, passo batom e deito-me em minha cama e durmo um sono dos anjos...
    Amei esta poesia
    Íris Pereira

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  2. E eu adoro teus comentários
    sempre originais...

    Carinhoso abraço.

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