Não há como
esgrimir contra o sol:
sempre encontra uma maneira
de lançar seus raios
com trancinhas
enrubescendo
meus travesseiros.
Meus dias deveriam
ser melhores
com menos apelos
e o batimento cardíaco
nem tão desumano.
A varanda espera
que eu me debruce
sobre as plantinhas
assobie uma canção
estale os dedos
corte as unhas.
Em vão,
inútil.
Sequer tenho olhos
para vislumbrar o sorriso
marcado pelas duas rachaduras
na borda da minha xícara.
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