Talvez a gengiva inflamada
por sobra de versos.
Haveria de ter escrito poemas
e não perdido os sentidos
depois do último trago
e da última baforada.
Recomeça o silêncio
dentro de uma mente
que é toda balbúrdia.
O coração é uma eterna delicadeza
de vasos dilatados (decerto todos
inflamados e tenros ao primeiro golpe
do bisturi ou da pena).
Alma, oh alma
não espremas tantas nuvens
não queimes tantos cílios:
basta de chuva
nos meus olhos.
Prefiro os sapinhos
da minha língua
a este dolorido vazio
de não morder nunca
braço de ninguém.
Domingos,
ResponderExcluirTenho recitado você e outros poetas do mesmo naipe (Lupeu, Geraldo Urano, dentre outros) no meu programa semanal Cariri Encantado - Sonoridades, que vai ao ar pelas ondas da Radio Educadora do Cariri todas as quartas-feiras. (www.radioeducadoradocariri.com).