quarta-feira, 6 de outubro de 2010

À la recherce de temps perdu

O poder argumentativo do conservadorismo no Brasil parece em busca de alguma "madeleine proustiana" do século XIX. Tem saudades das mucamas, dos escravos suando no eito, do chicote do feitor, do "pito" do senhor vigário. O conservadorismo no Crato não parece, é o próprio passado por inteiro: com cenário e personagens. E ninguém de boa fé se engane, quando muito serão recebidos na varanda no casarão das famílias tradicionais. Enquanto amarguram noites insones nalguma casinha de periferia, os patrões circulam entre a beira mar e o expediente de ocasião junto aos seus.

Esta charge do Laerte explicita muito bem este clima de retorno ao passado:

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