sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Os vândalos do semi-árido demoliram a Escola do São José


Pedro Esmeraldo

C
reio que para tomar decisão, tem de agir, possuindo conhecimento de causa e equilibrar ações, pregando o bom desempenho em todo serviço prestado à comunidade.
A questão é que muita gente só tem cabeça porque prego tem, isto é, só serve para levar pancada.
Dizem que quando ladra o cão, a caravana passa e eu estou metido nesse meio. Como um cidadão servil e honesto, digno e de valor, pois sou favorável a conservação e o respeito às coisas públicas.
Não ando conversando disparates com ninguém e nem utilizo artimanhas fraudulentas para adquirir farturas.
Não procuro ser rico, porque para mim a riqueza é supérflua. Não venham pronunciar desculpas esfarrapadas dizendo que a escola estava fechada há sete anos. Isso é pura balela de pessoas fracas que não tem razão para desculpar-se.
Afirmo que foi ocupada por marginal, mas declaro que por várias vezes a polícia vistoriou o prédio e nada encontrou, a não ser sujeira.
Neste momento, passo a dizer a esse digno senhor orelhudo, sem tecnologia e sem conhecimento dos fatos, que emprega um português macarrônico é pessoa desrespeitadora da consciência alheia.
Agora repito que essa escola não foi fechada há muito tempo não, como dizem. Essa escola foi fechada por um senhor assombrado e incongruente (vindo não sei de onde).
Logo após a queda da doutora Fabíola da Secretaria de Educação, aconteceu o inesperado, que foi o fechamento da escola.
Antes disso, houve uma desavença entre uma senhora da sociedade cratense com as três professoras, que culminaria com a transferência dessas professoras para outra escola mais distante.
No ano seguinte, a escola funcionou novamente com uma professora que amenizava em parte o sofrimento das mães dos alunos, mas não era favorável por completo. Em outras ocasiões muitos tiveram de deslocar-se com seus filhos pra escolas distantes de suas casas.
Depois da saída da doutora Fabíola, o movimento da escola começou a mudar, mas mudar para pior e denegrir a aprendizagem do aluno. Quando acabou apareceram os manda-chuvas que se dizem santinhos e querem é mesmo aparecer, mas com a mente contaminada de embusteiro, dando desculpa, querendo tapar o sol com a peneira. Por essa ocasião, os pais escolheram levar seus filhos para a escola de Juazeiro do Norte.
Lá tem de tudo, motivação, serviços médicos, esportivos para satisfazer a educação física dos alunos. Aqui no Crato nada tem, além de mexerico, intriga e bajulação, não possui motivação alguma; tudo está ao Deus dará e ainda de quebra desrespeitam os professores, como aquela história que contei acima.
Não posso entender como é que um cidadão se diz honesto sem respeitar o patrimônio público e quando acaba se deixa levar pelo caminho de devassidão e destempero administrativo? Vive provocando os homens com palavras ásperas e depois se apresenta com gestos mordazes e ainda diz que não tem aluno e que fez um bem para o município e para a sociedade?
Que senhor é esse que não respeita as leis e vive manipulando pessoas bajuladoras para praticar o mais absurdo dos crimes, que é a demolição de um patrimônio público?
E agora o que resta fazer? Acho que não dá em nada, pois o Brasil, principalmente o Crato, está acorrentado por uma forte força de repressões e ainda confirmo, a maior parte dos políticos vive em conluio junto aos chefões da cidade.

Crato-CE, 24/01/2010.

Um comentário:

  1. Só gostaria de saber, com todas as letras: quem foi o cidadão que deu a ordem para fechar a escola?

    Alguém pode dar nome aos bois?

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