domingo, 26 de dezembro de 2010

O Grampo que não houve e a Imprensa que mente - José do Vale Pinheiro Feitosa

Quando, por vezes, lemos nalgum blog alguém vociferando, puxando o punhal, dando voltas no salão em tom ameaçador, pensemos na dança do pavão. Aquilo é cena para consolidar sua versão dos fatos, a validade de suas idéias e ideais.

Eis que a grande imprensa brasileira, tendo por guia a Revista Veja, deram destaque ao Grampo supostamente feito pela Polícia Federal sobre conversa entre o Presidente do Supremo Federal, Gilmar Mendes e um Senador da República: Demóstenes Torres. Não por acaso a Veja sabia que Gilmar chegara ao Supremo pelas mãos de FHC e Torres era do DEM.

O mais grave: os jornalões deram destaque ao verbo do presidente do Supremo chamando o "Presidente da Rapública às Falas". O Ministro Jobim deu realidade à suspeita de falsidade. Quem pagou o pato foi a Investigação contra Daniel Dantas e este se safou numa boa.

Afinal foi realizada a investigação e não houve grampo algum. E agora? Quem responsabilizará a revista Veja, o Jornal Nacional, Folha e o Estadão? Quem chamará Gilmar Mendes às falas? Quem mandará Jobim se explicar?

Estas interrogações não são banais, a resposta e a punição a respeito fazem parte da essência da democracia.

Por isso quando vozes furibundas tremem de ódio quando se diz a palavra PIG (Partido da Imprensa Golpista) sabemos que é mera roda de peru no terreiro.

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