Foto: Cacá Araújo |
Jamais a população cratense vivenciou a violência com que as águas do rio Grangeiro atravessavam a cidade desabando o canal, deixando moradores apavorados na madrugada do dia 28 de janeiro de 2011.
A iluminação elétrica caída ao chão sem termos condições favoráveis para socorrer pessoas que necessitavam; com a escuridão, a falta d’água e o pavor ao presenciarmos carros levados pela correnteza na Av. José Alves de Figueiredo, notadamente no Parque Flamengo, onde residimos.
A cidade em caos, famílias iluminando com lanternas nossas residências, ajudando, pois ficamos ilhados, com o acesso restrito apenas a pedestres cuidadosos com os fios de energia.
Aí serve de exemplo à sociedade para evitar crimes bárbaros contra a natureza e para retaliar na justa medida contra o indivíduo que comete crimes.
Na cabeceira das nascentes ocorreu o arrombamento de uma barragem, que o homem desmatando concorreu para que a experiência vivida fosse o primeiro alerta de Deus para nos protegermos, servindo de exemplo e de confirmação de que a natureza caminha agredindo quem a insulta. Fizemos, contritos, a reflexão da realidade. Ela nos deu pistas e perspectivas.
Hoje, no rio Grangeiro, voltamos a ver as pedras que, soltando-se com a correnteza, nos fez lembrar o nosso saudoso Crato com as pedras servindo de passadeiras para os transeuntes, quando ajudados a não desviar o olhar da realidade concreta das águas seguindo a grandeza e a imensidão de Deus.
“O mistério não é um muro onde a inteligência esbarra, mas um oceano onde ela mergulhe.”
Crato-CE, 28 de janeiro de 2011.
Professora Josélia Salatiel
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