segunda-feira, 30 de maio de 2011

Três preocupações e uma esperança - José do Vale Pinheiro Feitosa

Alguns apanhados dos eventos da semana: governo federal quer proteção para as populações pobres da zona rural excluídas das políticas atuais; a cada dia aumenta mais a possibilidade de um calote, igual ao grego, na economia americana; a ação criminosa com bombas e grandes armamentos anunciam alguma coisa e a primeira árabe já começa a descambar para grandes conflitos.

Começando pelo último evento. O G8 se reuniu como se o problema das revoluções do norte da África e no mundo Árabe fosse assunto de loas ao processo. O mais grave de tudo é o que ocorrerá nos grandes atores árabes nestas mudanças todas. Aí podem contar com a Turquia, Arábia Saudita e o próprio Irã. A tensão neste mundo por pressões de todo tipo, inclusive por grandes migrações será o rastilho de guerras convencionais e intolerantes.

O uso de dinamites, de ações rápidas e evasivas, táticas agressivas e armamentos possantes, estão a demonstrar o quanto setores da sociedade estão treinando para ações militares. Se alguma consciência revolucionária irá nascer disso ou se apenas se restringirá ao fogo de palha do individualismo marginal é uma questão a ser refletida. Por enquanto é um meio de conquista material pela força. Depois poderá querer modificar o modo como tais conquistas são feitas de modo geral pela sociedade?

As conseqüências da ultimação de que a economia americana dará um calote ainda maior que a bolha do sistema financeiro, não é difícil de medir. Os principais canais de formação de preços e valorização dos bens, de troca de mercadorias, de salguardas patrimoniais e sustentação de certa lógica nas trocas estarão desfeitos. Além dos prejuízos conseqüentes para quem lhe emprestou (ou adquiriu papéis do tesouro americano), haverá uma corrida desigual dos mercados e estaremos próximo do que foram os anos trinta do século passado.

O governo da Presidenta Dilma pretende fazer um programa de proteção social mais focado num segmento da sociedade que vive na miséria, mas não é achado pelos meio convencionais. Este é o maior exemplo da evolução de tais programas. Agora já se especifica as vulnerabilidades no território e é na zona rural que tais populações mais se encontram. Esta ação é uma das mais estimulantes políticas públicas no Brasil, pois abrirá a oportunidade imensa para o mesmo em saúde, educação e segurança pública.



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