"O homem que não dormia", longa de Edgard Navarro exibido sexta-feira no Festival de Brasília, não faz concessões e nem está preocupado se desafina o coro dos contentes. O baiano faz parte dos pensantes cineastas autênticos, ou de autênticos cineastas pensantes, ou de cineastas pensantes autênticos, tanto faz: a ordem dos detratores não vai alterar o produto na tela. Se o nosso cinema atual tivesse mais cineastas como Navarro, Cláudio Assis, Petrus Cariry, Karin Aïnouz, Eric Rocha, e outros raros, cada um com seu olhar original, a estampa seria menos contemplativa.
O cinema dessa turma não choca. O que choca é a mesmice de um cinema agora edulcorado numa dramaturgia televisiva.
Diga aí, Edgard Navarro: "Eu rigorosamente digo que não coloquei nada para chocar. Já estou chocado há muito tempo."
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