Nos anos 80 o cineasta Spike Lee se tornou uma referência na
cultura americana. Abordando a questão da integração do negro na preconceituosa
sociedade americana, Spike Lee produziu filmes que se tornaram cults inclusive pela abordagem. Spike
Lee é de uma geração pós anos 60, quando os direitos sociais já haviam sido
conquistados em consequência da radicalidade de Malcom X ou pela mobilização de
multidões com Luther King.
De qualquer modo, mesmo usando os elementos pops da cultura
em seu cinema, Spike Lee soube bem retratar a América negra dos grandes centros
urbanos. Por isso a iniciativa dele em fazer um filme chamado “Go Brasil Go!” é
relevante dado o seu perfil.
Espere-se uma crítica contundente aos mitos de que no país
não exista preconceito de raça, apenas preconceito social. Como se um e outro
fossem distintos, especialmente pelo ônus histórico que recai sobre negros e
mulatos na escala social. Portanto Spike Lee levantará boas contradições em
nosso crescimento e neste caminhar de nos tornarmos uma grande potência
mundial.
De qualquer modo a presença de Spike Lee, inclusive
encontrando-se com a Presidenta da República significa o reconhecimento mundial
do que tem acontecido aqui nas duas últimas dezenas em nosso país. Especialmente
a partir do Governo Lula quando a crise nos países centrais e a melhoria na
distribuição de renda evidenciou o país.
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