segunda-feira, 14 de maio de 2012

O mundo em crise. Qual a natureza da crise? - José do Vale Pinheiro Feitosa


A instabilidade econômica, social e política do século XX se repete nesta primeira década do século XXI. Na cultura nem se fala, envolvendo especialmente as fontes de mediação das comunicações entre as pessoas com a chegada da internet. Este contato quase frente a frente entre as pessoas e suas ideias. Agora mesmo saiu uma mensuração de qual seja o meio mais utilizado pelas pessoas no Brasil e a Intenet já supera rádio, jornais e até televisão.

O fim da União Soviética foi tão marcante para os vencedores políticos que o pensador americano Fukuyama declarou o fim da história. A sociedade havia chegado ao arranjo a partir do qual não havia mais luta ou revolução, só pequenos ajustes. Nem quinze anos se passara do livro e a história continua numa escalada de lutas e mudanças igual às muitas décadas fervilhantes do século XX.

Mas com uma grande diferença: nos anos 30 do século XX as alternativas ao liberalismo eram todas autoritárias e as proposições democráticas ainda não haviam surgido. Após a social democracia ter avançado em grande parte do mundo e os direitos sociais dos negros terem se tornado políticos nos EUA, o mundo se viu em nova crise. Esta atual.

Ainda é uma crise do modo de produção industrial, do sistema financeiro, da sustentabilidade energética, de alimentos e água e da grande parte da humanidade incorporada ao consumo mundial. Agora se marcha para o verdadeiro sentido do universal. A hegemonia globalizada do sistema financeiro está posta em questão.

Como remunerar as bolsas das classes ricas da América do Norte e da Europa e não remunerar Chineses, Sul Africanos, Kenianos, as nações dos Urais, a Índia? A Universalização é a grande crise econômica, política e social. A universalização é a grande contradição da sociedade de classe. Quando Marx convocava a unidade dos operários do mundo, a rigor levantava esta questão de que a revolução já não seria de povos e nações, mas dos seres humanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário