Mesmo sabendo que a montanha de reais que o remunera (15 milhões) é dinheiro sujo, fruto da contravenção e da atuação desassombrada de uma quadrilha da mais alta periculosidade, Márcio Thomaz Bastos (ex Ministro da Justiça do Governo Federal) alegando já ter cumprido a quarentena exigida e, portanto, habilitado pra atuar profissionalmente (como advogado), não tá nem aí pra quem dele exige um mínimo de escrúpulo ou coerência (lembremo-nos que lá atrás ele houvera dado um parecer contundente contra o atual cliente): assim, primeiro conseguiu com que o Juiz Federal Tourinho Neto, membro do Tribunal Regional Federal da 1ª Zona, (teria “rachado” a grana com o próprio ???) em tempo recorde transferisse (sem qualquer justificativa convincente) seu cliente, Carlos Cachoeira, da prisão de segurança máxima de Mossoró-RN para o presídio da Papuda, em Brasília-DF. Agora, pouco mais de três meses da detenção, com uma agilidade não muito usual em casos da espécie, o mesmo Tourinho Neto, em decisão individual, houve por bem conceder um habeas corpus determinando que o marginal fosse posto em liberdade imediatamente (por inacreditável que pareça). O incrível argumento usado é que, como o esquema criminoso que o “coitadinho” do Cachoeira chefiava foi desfeito com a sua prisão e as casas de jogos de azar fechadas “...não há mais a potencialidade, dita no decreto da prisão preventiva, que traga perturbação à ordem pública” (quanta cretinice). Ou seja, toda a “sujeirada” que tomamos conhecimento através das gravações legais autorizadas pela Justiça, onde o senhor Carlos Cachoeira casa e batiza, faz e desfaz, manda e desmanda (e contemplando os três poderes da República), chegando a sugerir inclusive uma possível derrubada do Presidenta da República, tudo isso não vale nada, tudo isso se desmorona, tudo isso cai por terra, em razão do uso de um simples artifício, uma brecha jurídica providencialmente deixada no texto legal para casos da espécie: o ato inicial do processo teria sido proferido por um Juiz não habilitado pra tal. De outra parte, como os demais envolvidos (bem remunerados executivos da quadrilha) se escudam na própria Constituição Federal pra não abrirem o bico e como os Governadores envolvidos e convocados a depor não fazem a menor cerimônia em “gozar” com a cara dos integrantes da CPMI (o de Goiás não conseguiu explicar sobre a transação e compra de uma mansão, enquanto que o de Brasília simplesmente alegou não ser “corretor” pra saber o preço de imóvel que comprara subfaturado), a tendência é que o senhor Carlos Cachoeira, livre como um pássaro se sinta estimulado a passar umas férias longe do país, comandando sua quadrilha via celular de última geração, sem que ninguém lhe aporrinhe.
Voa, passarinho, voa !!! Desmoralize de uma vez por todas esse nosso corrupto Poder Judiciário.
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