segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Despedida - José Nilton Mariano Saraiva

Que ele, em sua atividade, prestou relevantes serviços á nação, quem há de ignorar ??? Que nos fez sentir orgulho de ser brasileiro, como esquecer ???  Que serviu de exemplo para toda uma geração de jovens, nem se discute. Que nos propiciou inolvidáveis momentos, impossível esquecer.
Mas... O TEMPO PASSA   (OU PASSAMOS PELO TEMPO ???)
Fato é que o ser humano envelhece e, em seu caso específico, mesmo sendo um atleta de ponta, os músculos teimam em não mais obedecer ás ordens da cabeça, a flexibilidade já não é a mesma, o fôlego já escasseia, o cansaço chega mais cedo, o campo visual se restringe, as contusões aparecem com mais constância e apresentam dificuldade de recuperação; conseqüentemente, o rendimento não mais será o mesmo.
Melhor, então, reconhecer tudo isso, evitando que uma biografia irretocável seja manchada por simples vaidade, capricho ou teimosia. Emblemático, pois, que a chegada do “ocaso” de um ídolo é um momento extremamente sofrido e difícil, tanto para o próprio como para aqueles que aprenderam a admirá-lo; e aí, há que se ter o reconhecimento que o melhor mesmo é ter a humildade de entregar o bastão ao sucessor, passar a ajudar de uma outra forma.
A reflexão acima é só pra lembrar que o nosso esplendoroso atleta “GIBA” (do vôlei), cuja história de vida e superação será sempre um exemplo pra gerações futuras, despede-se da seleção brasileira com o travo amargo de uma derrota numa final olímpica (contra a Rússia, quando o jogo estava praticamente ganho).
Um ser humano tão especial merecia coisa melhor, mais um título mundial em seu currículo. Na impossibilidade, só nos resta saudá-lo com o tradicional bordão do locutor global, que o Brasil inteiro aprendeu a gritar a plenos pulmões: GIBA NELES !!!

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