Está mais que provado que uma das
causas determinantes do “festival pedófilo” que permeia na Igreja Católica tem
tudo a ver com a insistência da manutenção do ultrapassado dogma do celibato
(dentre outros). Em sã consciência, é difícil imaginar que um homem “normal”,
mas que instruído a “evitar olhar nos olhos da mulher”, não sinta o sexo
manifestar-se vez por outra (mesmo que involuntariamente). Se até os animais
irracionais possuem o instinto do sexo, o que dizer do racional ser humano,
ante a profusão de beldades que desfilam por aí, inclusive nas Igrejas ??? E aí
não dá pra segurar (literalmente) ou refrear o desejo, daí a monstruosa e
bestial busca por satisfazer suas necessidades sexuais com crianças inocentes
(e aí o pecado passa a ser hediondo, com direito a passaporte vip para o
Inferno).
Configura-se, pois, ato grotesco e
incompreensível, por parte da Igreja Católica, a absurda exigência que aqueles
que com ela “contraem matrimônio”, assumam o compromisso de lhes ser fiel,
inclusive via celibato, até mesmo porque, em outras seitas, religiões ou
ajuntamentos religiosos, os pastores, padres, ou seja lá o que for, têm
permissão pra paquerar, namorar, casar, ter filhos e por aí vai. Então, por
qual razão não na Igreja Católica ??? Por que castrar aos seus integrantes a
benção de ser pai ??? Não foi o próprio Senhor que ordenou o “crescei e
multiplicai-vos” ???
Eis que de repente, em pleno Ceará,
como se fora “um estranho no ninho”, um dos mais fervorosos e ortodoxos
defensores da Igreja Católica, num átimo de sinceridade e certamente depois de
muita reflexão, resolve expor publicamente seu sonho de adoção de uma espécie
de “abertura lenta, gradual e segura” dessa mesma Igreja, ao colocar na mesa as
seguintes ponderações (ipsis litteris): “Por que não colocar para os papas uma
regra já existente para os bispos? A aposentadoria automática aos 80 anos.
Afinal, dirigir uma organização com mais de um bilhão de seguidores é uma
tarefa que, além das qualidades espirituais e intelectuais exige também muita
aptidão física. E esta última condição torna-se difícil de ser encontrada numa
ancião”... “A renúncia do Papa Bento XVI me encheu de esperanças para o futuro.
Não custa sonhar em grandes mudanças para a Igreja. Em primeiro lugar, sonho
com a extinção do celibato. Isto permitiria a ordenação de maior número de
sacerdotes, que estariam mais presentes no meio das comunidades carentes”... e
“Desejo também a ordenação de mulheres. Quantas Teresa de Calcutá poderiam
surgir?”.
De parabéns, pois, o conterrâneo e
católico praticante Carlos Eduardo Esmeraldo por, sem abrir mão das suas
convicções religiosas, ter a coragem de expor sem temores o que muitos outros
católicos pensam, mas se recusam a extravasar.
No mais, é esperar e torcer para que
o substituto do Benedito XVI consiga INSERIR a Igreja Católica no mundo real,
contemporâneo, cibernético, atual, através da paulatina revisão dos seus dogmas
milenares. Para tanto, a “demolição” do celibato já seria um bom começo.
Caro José Nilton Mariano
ResponderExcluirObrigado por suas referências. No final do meu texto acrescentei também o desejo de ver a Igreja voltada exclusivamente para pessoa de Jesus Cristo, que nasceu pobre, viveu no meio dos pobres e para os pobres. Mas não escrevi nada de extraordinário. Tenho certeza que os meus sonhos são também os desejos de muitos padres.