Aqueles
que, meses atrás, ensandecidos e apopléticos, pregavam que “não vai ter Copa” ou
que, se houvesse iríamos passar vergonha ante o mundo todo durante sua
realização (o tal Ronaldo “Gordo” Nazário, por exemplo), a esta hora devem
estar “bufando de raiva” com o sucesso da Copa das Copas, a maior de todas as
Copas, a Copa do Mundo do Brasil.
Tal
constatação pode ser observada nos números da pesquisa do Instituto Data-Folha,
relativos à avaliação feita por 2.209 estrangeiros de mais de 60 países nos
aeroportos de São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza,
entre os dias 1º e 11 de julho.
São números
contundentes e irrecorríveis, a saber:
a) 95,0% dos turistas estrangeiros avaliaram a recepção propiciada pelos
brasileiros como ÓTIMA ou BOA, daí estarem dispostos a voltar mais à frente,
para um período mais longo (férias); b) 61,0% estiveram no país pela primeira
vez nesta Copa do Mundo; c) 92,0 % dos visitantes elogiaram o CONFORTO E A
SEGURANÇA dos estádios da Copa; d) 84,0% dos entrevistados avaliaram a
organização da Copa como ÓTIMA ou BOA (12% a consideraram regular); e) 84,0%
dos que nos visitaram rotularam de ÕTIMA ou BOA as atrações turísticas: f) 83,0% dos estrangeiros se disseram
POSITIVAMENTE SURPRESOS com o Brasil; g) 76,0% dos “gringos” aprovaram a qualidade do transporte aéreo e dos aeroportos; h) 73,0% consideraram ÓTIMA ou BOA a qualidade do
transporte até as arenas; i) 69,0% dos visitantes
disseram que gostariam de morar no Brasil; j) 46,0% dos visitantes avaliaram a mobilidade urbana melhor do que o esperado; k) 41,0% aprovaram os sistemas de comunicação (aqui, precisamos melhorar); l) 98,0% acharam os brasileiros
simpáticos; m) 84,0% rotularam o brasileiro de honesto; n) 92,5 foi a nota data pela FIFA para a
“nossa” Copa do Mundo.
Tais números nos fazem lembrar que, faltando apenas
um mês para o início da Copa do
Mundo, boa parte da imprensa internacional, tendo por base relatos de segmentos
desonestos da mídia brasileira (a VEJA, por exemplo), publicou matérias
depreciativas em relação ao nosso país, duvidando que tivéssemos condições de patrocinar
um evento internacional de porte como uma Copa do Mundo; particularmente emblemática
foi a principal revista alemã “Der Spiegel”, que publicou uma edição que trazia
na capa uma “bola de futebol” pegando fogo e cruzando o céu da Baía de
Guanabara, como que alertando sobre os riscos que rondavam o Mundial; ou seja, quem
se arriscasse a vir pra cá teria que ter muito cuidado, senão, não voltaria pra
casa. A nossa Copa, diziam, estaria fadada ao fracasso e seria um iminente perigo
em termos de segurança.
Mas, como nada é melhor que um dia atrás do outro (com
uma noite no meio, evidentemente), hoje, ante a realidade de uma Copa do Mundo
exemplar em termos de organização, segurança, mobilidade, recepção carinhosa do
nosso povo e da infra-estrutura que encontraram no país, esses mesmos veículos tiveram
a dignidade de se desculpar, em primeira página, ao tempo em que e enalteciam o
Brasil como uma grande, potente e bonita nação, habitada por um povo alegre e
simpático.
Pra desespero dos “bufões ensandecidos”.
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