segunda-feira, 14 de julho de 2014

O "legado intangível" - José Nilton Mariano Saraiva

Silentes, omissos, protegidos pelo manto da escuridão (e torcendo fervorosamente contra, durante todo o desenrolar da competição), agora que o Brasil perdeu a Copa do Mundo mais fácil da história, os “engenheiros de obras prontas” de repente rompem o casulo e já tratam de culpar o governo pelo desastre do Mineirão, prenunciando que o resultado se refletirá nas próximas eleições presidenciais. Veremos.

Sabem, mas fingem ignorar: 1) que a CBF é uma instituição privada e, portanto, o Governo não tem ingerência ou como interferir nas decisões e falcatruas dos seus dirigentes corruptos, eleitos pelas também corruptas federações estaduais (exemplo: ainda hoje o tal Ricardo Teixeira, seu ex-presidente exilado em Miami, recebe uma gorda mesada mensal de dezenas de milhares de reais da CBF (dizem que mais de 100 mil reais), ninguém sabe a título de quê; e 2) que a Copa do Mundo do Brasil foi um sucesso, foi a Copa das Copas, a maior de todas as Copas, sim, e isso em razão da intervenção do governo brasileiro que, após concorrer e vencer a eleição da FIFA objetivando patrociná-la, dotou o país da infra-estrutura necessária a que todo corresse sobre os trilhos.  Ou alguém já esqueceu que meses antes era voz corrente (dos “eternamente do contra”) que os nossos aeroportos não iam ter condição de atender à demanda, que a mobilidade urbana inexistiria, que os turistas não encontrariam nenhuma segurança nas ruas e estariam entregues à sanha dos marginais, que os nossos estádios (ou arenas) não estariam prontos antes de 2038 (segundo a VEJA) ???

Pois é, pra desespero de todos eles tudo correu às mil maravilhas, não houve nada fora do normal e o nosso povo fez a sua parte tratando todos os visitantes com simpatia, distinção e cortesia (no que foram recepcionados).

Por isso, de uma coisa não tenham dúvidas: após a Copa das Copas a imagem do Brasil lá fora é uma outra, totalmente favorável, e isso se refletirá a médio prazo no aumento do fluxo de turistas e na conseqüente chegada de mais divisas. É o que poderíamos denominar de “legado intangível” (devido à eficiente e poderosa propaganda “boca-a-boca”).

E isso simplesmente porque os “gringos” (alemães, belgas, americanos, argentinos, africanos e por aí vai) adoraram o Brasil e literalmente redescobriram-no (só que mais moderno, mais aprazível, mais agradável, mais bonito e, enfim, com um povo extremamente agradável e solícito).


E os frustrados “bananas da vida” teimam em não reconhecer o óbvio.  

Um comentário:

  1. 01) Noventa e cinco por cento (95%) dos estrangeiros que aqui estiveram prometeram voltar, tal a impressão positiva deixada pelo nosso Brasil e seu povo.
    02) Noventa e dois e meio por cento (92,5%) foi a nota dada pela própria FIFA para a nossa Copa

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