quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O PODER ARGENTÁRIO - José do Vale Pinheiro Feitosa

O professor e prêmio Nobel de Economia Paul Krugman publica artigo com título: “Os plutocratas contra a democracia”. Antes de seguir adiante um aposto: o plutocrata é um membro das plutocracias que é o exercício do poder ou do governo pelas classes mais abastadas da sociedade. Enfim a influência ou poder das pessoas com dinheiro.

Até os jundiás do rio Batateira reconhecem que o dinheiro se desdobra em poder. Mas as raízes das plantas à margem do rio retêm o conteúdo que alimenta a vida. E ali os jundiás se alimentam. E acham que o poder do dinheiro é uma coisa natural, é uma necessidade do ser no mundo.

Naturalizar as artimanhas e os arranjos dos seres humanos mundo é o que os jundiás mais fazem. Afinal para eles apenas existem as águas deste rio que não é perene. E um dia eles desaparecem para apenas desovarem quando as chuvas ultrapassarem os limites das levadas que roubam a perenidade do rio Batateira.

A artigo de Krugman é revelador. O plutocrata que governa Hong Kong (legitimado pela China) diante dos manifestantes pró-democracia que infernizam a vida da colônia financeira da Ásia disse: “estaríamos dirigindo-nos a essa metade da população de Hong Kong que ganha menos de 1.800 dólares por mês. E acabaríamos tendo esse tipo de políticos e de medidas políticas”


Esta frase foi repetida milhões de vezes diante dos resultados das eleições no Brasil. A tal questão do bolsa família, do nordestino desinformado, do parasita que rouba de São Paulo é a mesma coisa do governante de Hong Kong, é a mesma coisa dos neoliberais americanos e europeus. É o mesmo da direita política aqui e lá. 

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