quinta-feira, 9 de outubro de 2014

TUDO QUE VOA, CONTRA TUDO QUE SE MOVA - José do Vale Pinheiro Feitosa

Uma política de submissão aos EUA, como promete o candidato Aécio Neves é apenas isso. Submissão. O Brasil continua com grandes dificuldades, todas superáveis, e não precisa tirar os sapatos para passar nos controles da fronteira produtiva imperial.

Não precisa porque nossos problemas poderão ser superados. Seja pelo camponês, pelo empregado da indústria, pelo professor, pelo taxista, pelo profissional da atenção básica da saúde e até por especialistas bem formados em alguma universidade do exterior. Seja por qual longitude ou latitude habite neste grande país habite e lá tenha suas famílias.

Aliás ao contrário do que pensa FHC não somos nordestinos apenas porque estamos em alguma posição geográfica. Somos nordestinos porque temos descendência, temos história, temos vida e não precisamos tomar lições de quem quer que seja para compreendermos que o mundo é aqui e dessa maneira.

Que os EUA não sejam confiáveis como modelo para nós isso é pacífico. Não para Aécio Neves e para o empregado de George Soros, Armindo Fraga porque aí o negócio é outro. Não é bem sermos o que somos com nossas dificuldades e até nossas capacidades de superar.

Para sentirmos o modus operandi do Estado americano tomemos a estratégia adotada contra o Camboja supostamente uma rota de abastecimento dos vietcongues. Richard Nixon manda bombardear e Kissinger diz: “Tudo que voe, contra tudo que se mova”. Ou seja bombardeio massivo. E não esqueçamos que os bombardeios sobre as cidades alemães no final da Segunda Grande Guerra foram de uma violência equivalente aos da Luftwaffe.

Sobre uma zona rural atrasada do Camboja os EUA lançaram bombas equivalentes a cinco Hiroshima. Arrasaram tudo que ficava embaixo, destruíram vila a após vila, deixando cadáveres à mostra visto do alto das aeronaves. Iam até à base, reabasteciam, e voltavam para jogar mais bombas sobre ruinas e cadáveres. Aí o tal do Kmer Vermelho foi o efeito colateral. Basta comparar a história do Vietnã e do Camboja para compreender a diferença.


Não precisamos entregar nosso futuro a este modelo de civilização. Ao contrário temos que compreendê-lo muito bem para tomarmos as nossas próprias decisões. O ódio estimulado pela campanha de Aécio Neves contra nordestinos, que atingiu alguns siderados de jaleco branco é a imagem exata deste horror imperial pensando na “castração química dos nordestinos” ou em “jogar uma bomba atômica para que por lá não nasça nada por setenta anos.”

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