OS VENDEDORES DE
GARRAFADAS DO GLOBO.
O Jornal O GLOBO, da família Marinho,
faz um editorial sobre o petróleo brasileiro e afirma que toda a pose
nacionalista dos brasileiros sobre esta fonte de energia não é nada. Que melhor
seria ter vendido tudo antes do preço cair. Ter embolsado alguns bilhões e
esquecido o problema para as imbecis do petróleo por terem doado a “dinheiramente”
toda ao povo brasileiro e ao final tomarem redondo prejuízo.
Além do mais, alega o editorial: “Há, ainda, o
sinal de alerta da COP-21 de que a era dos combustíveis fósseis pode ter
entrado na reta final. O Brasil, país cuja população envelhece sem que tenha
ficado rica, pode ter chegado ao pré-sal tarde demais, até por preconceitos
ideológicos. Perda histórica dupla.”
O editorial é como
aquele vendedor de garrafadas na feira nordestina, que traziam cobras dentro do
vidro, peixes do Amazonas e outras bizarrices para a abrir o bolso do
comprador. Não vendiam o que mostravam, vendiam panaceias para quem tinha todos
os problemas do mundo.
A técnica central
destes vendedores é a enganação. O malandro gritando para todo mundo ouvir: “Não se chegou à autossuficiência, apesar de toda a propaganda
político-eleitoral em torno do tema...” Parei a frase por aqui porque a técnica
editorial é emendar uma frase como se tivesse apresentando toda a verdade, quando
o início da frase é o que ficará na cabeça do leitor. Em qual proporção não se
chegou à autossuficiência?
O déficit ente exportação e importação de Petróleo foi de 4% em
2014. A produção de petróleo cresce 51% a mais do que o consumo, portanto,
agora no final de 2015 já devemos nos encontrar superavitário. Argumento de
enganador.
Daí em diante o editorial usa o Petróleo apenas para combate
ideológico do nacionalismo brasileiro histórico, desde o estabelecimento do
monopólio nacional do petróleo e de outras autonomias. O editorial comemora os baixos preços do
petróleo.
Não porque o preço baixo do petróleo seja bom para todo mundo,
mas porque a euforia do “bilhete premiado” com o pré-sal não corresponde à realidade
e os brasileiros ficaram pobres antes de serem ricos. E seguindo os vendedores
de feira perdemos o caminho para o futuro porque não vendemos logo tudo antes dos
EUA virarem campeões em extração de Petróleo de xisto e a China diminuir o
consumo. Resultado: os preços do Petróleo despencaram.
E aí a garrafada que querem vender não é petróleo é essa aqui: “Confirma-se
que foi erro crasso do lulopetismo, movido a ideologia, suspender por cinco
anos os leilões, a fim de instituir o modelo de partilha no pré-sal, com alta
intervenção do Estado. Assim, o Brasil
perdeu importante janela para atrair bilhões de dólares.”
Enfim o produto amargo para você se curar da sua eterna pobreza.
Venda tudo que puder, entregue tudo que tem, junte dólares, porque esta moeda é
dos compradores também e depois empreste para eles que sua paz tumular será
eterna. Eis o que dizem: não acreditem em você (ideologia), não acredite nos
seus líderes (lulopetismo), descarte seu Estado Nacional (estatismo), venda
tudo à petroleiras (que pagam os comerciais).
Bom como não é mesmo sobre petróleo, compreenda que os “corretores”
da venda do petróleo brasileiro e da Petrobrás por brinde, estão insatisfeitos
com a queda dos preços. Assim como um dono de imóvel brasileiro que se achava
dono de um imenso patrimônio e hoje não acha nem a metade para vender.
E sobre a produção de petróleo de xisto e suas contradições ambientais
e alto custo eles não falam nada. E sobre a COP-21 eles não falam de outras
coisas: a matriz do transporte público que implica num setor que fez a glória
das grandes economias, os carros individuais. Enfim enganação de vendedor de
garrafada.
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