Já
se desconfiava (porque o povão que não usa cabresto não se furta
de comentar nas calçadas, bares, praças e ruas das cidades) que o
nosso Supremo Tribunal Federal não passa de um poder corrompido,
frouxo e acovardado, que não faz jus à superlativa denominação
que lhe atribuem, porquanto na prática não passa de um “ínfimo”
poder, um poder menor (pelo menos moralmente). E isso ficou
comprovado nos dias atuais, quando o bandido de alta periculosidade,
Eduardo Cunha, momentaneamente ocupando a cadeira de Presidente da
Câmara Federal, negou-se a cumprir uma decisão judicial emanada
daquela corte, via ministro Marco Aurélio Mello.
Como
o “meliante” já fora incurso como réu em um processo que
tramita naquela corte já há seis meses (e existe mais uma meia
dúzia na fila), o normal e correto, a fim de evitar a desmoralização
pública de um dos seus pares, seria que os demais integrantes
daquele poder cerrassem fileiras com o ministro ofendido, obrigando a
que o “distinto” cumprisse o que lhe fora determinado; como até
hoje não o fez (e não se sabe se o fará, algum dia), não só o
juiz impetrante ficou “carimbado” como incapaz (embora
individualmente seja um dos mais atuantes), como o Supremo, em seu
conjunto, ficou rotulado como um “poder sem poder”.
O
reflexo disso foi que o “ficha-suja” Eduardo Cunha, cujo processo
dormita em alguma gaveta de uma daqueles “excelências” (sem
prazo definido para ser cumprido), por pura vingança findou por
convocar sua “quadrilha parlamentar”, e agilizou e presidiu a
sessão que aprovou em tempo recorde o pedido de “impeachment” da
presidenta “ficha limpa” Dilma Rousseff; ou seja, uma assembleia
de ladrões, presidida por um gângster (que vive cercado de
seguranças), findou por ferir de morte a democracia, e enlameou o
nome do Brasil lá fora (e acreditem, para o que houve, a alcunha de
“república de bananas”, hoje atribuída ao Brasil, é pouco).
Ante
o ocorrido, a pergunta que todo brasileiro com um mínimo de
sensatez, discernimento e consciência política faz, hoje, é: para
que serve mesmo o Supremo Tribunal Federal ??? Como chegou a tal grau
de descrédito perante a sociedade, que o tinha como um “guardião”
da nossa Carta Maior ??? Por qual razão abdica da sua condição de
“supremo” para transmutar-se num “ínfimo” poder, um poder
menor, já que compactua com as ilegalidades perpetradas por um
reconhecido marginal, ao não obstá-las ???
Além
do quê, ontem, às vésperas de uma sessão à qual o seu próprio
presidente comandará (a votação no plenário da Câmara Federal do
previsível impeachment, em meados de maio), o Supremo mostrou que
quando se trata de legislar em causa própria não tem o mínimo
pudor em se aliar a bandidos, ao propor e conseguir que a Câmara
Federal “agilize” vapt-vupt o processo de portentosos reajustes
salariais de funcionários e magistrados (que se estenderão a todos
os níveis do judiciário, no Brasil todo), que haviam sido vetados
responsavelmente pela presidenta Dilma Rousseff (a fim de não
comprometer ainda mais as combalidas finanças do país).
Restou
acordado, então, que como forma de “agradecimento” pela não
interferência (alheamento total) do Supremo na fase “pré” e a
garantia do mesmo modus operandi na fase “pós” impeachment, que
o plenário da Câmara Federal não só aprovará a “urgência”
para tal projeto, assim como analisará o “mérito” da proposição
no mesmo dia (lembremo-nos que o Supremo Tribunal Federal
terminantemente negou-se a julgar o “mérito” do processo de
impeachment, fixando-se apenas no burocrático “rito processual”).
Confiram,
abaixo, a excrescência:
O STF e os deputados:
o negócio é à vista…
s
vésperas da votação do impeachment da presidente Dilma
Às vesperas da votaçao do impeachment da presidente Dilma Rossef no Senado Federal e a possível troca de governo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, recebeu o apoio de líderes de partidos na Câmara, que, em acordo, vão tentar aprovar o reajuste salarial de servidores do Judiciário e magistrados rapidamente. A idéia é aprovar a urgencia do projeto de lei nesta quarta-feira, e, no mesmo dia, analisar o mérito do texto no plenário da Casa.
Assim mesmo, a toque e caixa, tanto que, nos corredores da Câmara o convite feito aos Deputados hoje por Lewandowski para o café é apelidado de "cobrança da fatura" após o STF não interferir nas votações do impeachment pela Casa".
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